No passado dia 30 de Novembro, na sede de candidatura de Fernando Nobre, em Paredes, realizou-se a conferência “Solidariedade – Portugal será um país solidário?”, organizada pelo Núcleo do Vale do Sousa que apoia o candidato Fernando Nobre às eleições presidências. A acção contou com a participação dos docentes Paulo Morais e Ricardo Pereira e do Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza.
Num ambiente de tertúlia, o Núcleo do Vale do Sousa organizou uma conferência intitulada “Solidariedade – Portugal será um país solidário?”. José Henriques Soares, responsável do núcleo, deu as boas-vindas a todos e começou por fazer uma breve introdução sobre o candidato às presidênciais, Fernando Nobre, “um cidadão que resolveu em consciência dizer basta e contribuir para o desenvolvimento do país”, referiu José Henriques Soares. Numa forma de dar início à sessão sobre a Solidariedade, foi lido pelo responável do Núcleo do Vale do Sousa, um texto de Eça de Queirós, escrito em 1851, que retratava a história de Portugal em que “o povo vivia na miséria”. Paulo Morais, licenciado em matemática e docente na Universidade Lusófona, foi o primeiro convidado a intervir e começou por afirmar que o texto de Eça de Queirós poderia ser escrito nos dias de hoje, pois “temos o povo na miséria e um Estado que não cumpre as suas funções”, salientou. Paulo Morais abordou ainda alguns temas actuais, como o Orçamento para 2011 e as SCUT’s, e sobre o paradigma da solidariedade, exclamou que “hoje há um paradigma do coitadinho, pois o Estado com os aumentos põe as pessoas na desgraça, as pessoas vão às instituições pedir ajuda, que por sua vez começam a ajudar muita gente e ficam sem dinheiro e vão pedir dinheiro ao Estado e este pede mais dinheiro às pessoas. É um ciclo vicioso de onde não vamos sair”. Paulo Morais defende a ideia de que a solidariedade deveria ser tripartida entre as famílias dos utentes, instituições e Estado e salientou que “os pobres estão cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos e neste modelo só tende a piorar”.
Jornal Progresso de Paredes
10-12-2010
Juliana Ferreira
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