Um comício no Porto no dia 9 de Janeiro marcará o arranque da campanha presidencial de Fernando Nobre, que privilegiará o “contacto directo com as pessoas na rua” e as capitais de distrito como “núcleo estratégico”.
De acordo com Artur Pereira, director de campanha do presidente da AMI, a corrida eleitoral de Fernando Nobre será “digna e criativa”, dimensionada em função de recursos que “não serão os mesmos que outros candidatos terão, apoiados por partidos políticos”.
“A nossa campanha vai privilegiar o contacto directo e a acção de rua (…) Arruadas, encontros, visitas a empresas e a bairros, distribuição de documentação nos locais habituais de movimentação das pessoas, inauguração de algumas sedes de candidaturas, almoços e jantares com apoiantes e voluntários”, disse.
Os comícios ficarão reservados para o arranque - no Cine Batalha do Porto, no dia 9 – e para o encerramento – em Lisboa, no dia 21 -, com possibilidade de ser realizado um terceiro em Coimbra, “provavelmente a meio da campanha”.
“Será uma campanha directa, de ligação às pessoas, de contacto directo com as pessoas na rua. Os momentos mais cénicos e de força reservamos para o a abertura, o encerramento e provavelmente para o meio da campanha”, explicou.
Fernando Nobre, que se deslocará pelo país numa “pequena caravana” e terá “apoio permanente nos distritos em que esteja”, privilegiará as capitais de distrito como “núcleo estratégico” de campanha.
“Temos apenas 13 dias de campanha oficial. Se considerarmos acções e eventos específicos, as solicitações dos media, não dará possibilidade para estar em todo o lado (…) Tentaremos ir ao maior número de locais, de forma o mais intensa possível, mas como é óbvio iremos privilegiar os distritos de maior dimensão eleitoral e populacional”, adiantou.
Previstas estão “duas ou três iniciativas por dia”, havendo a possibilidade de a campanha ser intensificada em função da “pela importância e dimensão eleitoral e populacional do distrito”.
“Vai haver distritos onde vai ser possível fazer três, quatro iniciativas por dia e outros onde o número de iniciativas vai ser menor, não só pela importância e dimensão eleitoral e populacional do distrito, mas também pelo tipo de estratégia que estamos a fazer, de privilegiar o contacto com as populações”, disse Artur Pereira.
O director de campanha de Fernando Nobre justificou ainda a escolha do Porto para arranque de campanha com a circunstância de este ser “um distrito importantíssimo” e uma região do país onde existe “um núcleo organizativo distrital forte” da candidatura.
Artur Pereira escusou-se ainda a adiantar valores para o orçamento de campanha, mas afirmou que será “seguramente metade do orçamento mais contido dos outros candidatos”.
As eleições presidenciais realizam-se a 23 de Janeiro. Até agora já entregaram as 7500 assinaturas necessárias à formalização da candidatura a Belém o actual Presidente da República, Cavaco Silva – que tem o apoio de PSD, CDS e MEP -, o candidato apoiado pelo PS e BE, Manuel Alegre, o candidato apoiado pelo PCP, Francisco Lopes, o presidente da AMI Fernando Nobre e o deputado do PS Defensor Moura, que concorrem sem apoio de partidos.
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