sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Corrupção deve ser "prioridade da Justiça"

Fernando Nobre dedicou um dia ao tema.

candidato presidencial Fernando Nobre considerou ontem primordial dotar a justiça dos "mecanismos necessários para combater os crimes de "colarinho branco"" e defendeu que "o estado da justiça no nosso país reflecte também a actual crise económica e financeira".
Num dia dedicado exclusivamente à justiça e ao combate à corrupção - esteve na APAV, no Tribunal Cível de Lisboa e no Supremo Tribunal de Justiça -, o candidato ouviu diversos agentes da justiça e concluiu que os crimes de "colarinho branco" devem ser um combate prioritário, assim como é "fundamental limparmos os tribunais da cobrança das pequenas dívidas", de forma a tornar a justiça mais célere e equitativa.
Após o encontro com Noronha do Nascimento, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Fernando Nobre disse estar preocupado com a morosidade do sistema de justiça, que "tem impacto directo na credibilidade externa de Portugal". "Uma justiça lenta é um sinal que se dá aos cidadãos e às empresas de que não vale a pena" defender direitos e investir, considerou.
Para o candidato independente, a actual crise deixou também a descoberto "verdadeiros atentados financeiros", cujos julgamentos lentos conduzem à dúvida sobre se terão "reais resultados". E defendeu que o sistema de justiça deve criar mecanismos eficazes no combate ao crime económico e à corrupção. Nobre preconizou também que deve ser aumentada a responsabilização dos "grandes credores que induziram essas dívidas" à custa da concessão de "crédito fácil a todos".
Depois da reunião com responsáveis da APAV, o candidato concluiu que o agravamento da situação económica propicia o aumento da violência doméstica. Nobre terminou o dia a jantar com ex-reclusos, em Lisboa.

Jonal público- Rita Brandão Guerra

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