
O candidato presidencial Fernando Nobre classificou hoje de "discurso de circunstância" a intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, no 5 de Outubro, considerando que além da "unidade dos partidos" são necessárias "boas políticas e medidas concretas".
"É um discurso de circunstância, um discurso formal, que para mim não é um discurso mobilizador, nem galvanizador, nem, sobretudo, catalisador das boas vontades", afirmou Fernando Nobre aos jornalistas.
O candidato a Belém assistiu na Praça do Município, em Lisboa, à comemoração do Centenário da República, onde Cavaco Silva defendeu "um compromisso político de coesão nacional", considerando que as forças políticas, sem abandonar as suas diferentes perspectivas, devem compreender a "gravidade do tempo presente".
"Sabemos que precisamos de unidade dos partidos políticos, mas sabemos, sobretudo, que precisamos de boas políticas e de medidas concretas que permitam evitar mergulhar o povo português em maior pobreza do que aquela que ele já tem", afirmou Fernando Nobre.
Para o também presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), "os discursos são meros exercícios de retórica" e "reafirmam mais uma vez tudo que já sabemos", num "diagnóstico" que "está feito".
"O povo português está bem consciente das dificuldades que tem, cabe ao povo português decidir que futuro vai querer para o nosso país, se queremos que o nosso país se afunde, ou não", acrescentou.
Fernando Nobre elogiou o discurso do presidente da comissão para as comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, considerando que "deixou as mensagens certas e as preocupações que efectivamente existem no país".
O presidente da comissão para as comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, defendeu hoje que é preciso "mudar de vida" e "promover as reformas indispensáveis" para o "equilíbrio económico e financeiro".
"Precisamos uma vez mais de mudar de vida, de promover as reformas indispensáveis para a reconstrução de um equilíbrio, económico e financeiro sustentável, para a reafirmação de um Estado de Direito autorizado e credível, para a revitalização de uma democracia mais transparente, mais mobilizadora, mais livre de interesses e clientelas", afirmou Santos Silva.
DN: 05:10:2010
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