O candidato presidencial reconhece o atraso de um mês de renda da sede, considera espantoso o relevo que se está a dar ao assunto e ameaça levar o caso a tribunal
O candidato presidencial Fernando Nobre afirmou-se hoje de "consciência tranquila" em relação à questão das rendas da sua sede de candidatura em Lisboa, mas confirmou que o mês de Setembro ainda não foi pago. "Não estou minimamente preocupado, estou de consciência tranquila", afirmou o candidato.
Em declarações aos jornalistas, à margem de um concerto da pianista Sara Mendes, em Valadares, Gaia, Fernando Nobre considerou "espantoso" que se dê "tanto relevo" a um atraso de um mês.
"Os portugueses já terão entendido que mais do que um mês de atraso na renda, o que está em jogo é uma ataque violentíssimo e inqualificável a uma candidatura da cidadania como a minha, que vive exclusivamente dos donativos dos cidadãos", afirmou.
Fernando Nobre disse ainda que "o assunto será dirimido em sede própria" e que "o gabinete jurídico está mandatado para ir até ao fim" nesta questão. "A verba está completamente errada, mas isso será dirimido nos meios próprios, ou seja, na justiça portuguesa", acrescentou.
À tarde, em comunicado enviado à Agência Lusa, a candidatura de Fernando Nobre tinha-se afirmado prejudicada por um "diferendo contratual" relacionado com o número de metros quadrados ocupáveis da sede nacional.
A candidatura referiu que na passada sexta-feira se reuniu com o senhorio e que ficou combinado que iria "proceder a novos pagamentos", apesar "de faltar a urgente e necessária rectificação do contrato".
"Estamos a falar de 1 mês de atraso", referiu a candidatura.
Assim, insurge-se contra as declarações do senhorio à estação de televisão SIC feitas no sábado, que acusa de visarem "atacar e denegrir a candidatura".
A SIC noticiou que a empresa que arrendou a sede da candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República reclama o pagamento de mais de cem mil euros de rendas em atraso, admitindo avançar com uma ordem de despejo.
Uma vez que "não tem receitas nem é uma empresa comercial" e "vive exclusivamente dos donativos", tal pode "implicar um atraso num pagamento", admite a candidatura, que invoca "a honestidade e o percurso do doutor Fernando Nobre" para garantir que a situação seria sempre regularizada.
"O senhorio sabe muito bem, que o carácter, a honestidade e o percurso do doutor Fernando Nobre, eram razões mais que suficientes para ter a certeza que nada lhe seria deixado de pagar", afirma.
A candidatura disse estranhar as queixas públicas do senhorio por, "na sexta-feira, dia 29 Outubro", ter "ficado combinado que apesar de faltar a urgente e necessária rectificação do contrato, a candidatura ia, dia 2 de Novembro [terça-feira], proceder a novos pagamentos".
Para a candidatura de Fernando Nobre, "é óbvio" que "do que se trata não é de pagamentos em falta", mas sim de "denegrir a candidatura" e afirma que "vai constituir advogado de modo a exercer os direitos que a lei lhe confere".
Sede de campanha.
31-10-2010por Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário