domingo, 31 de outubro de 2010

Candidatura de Fernando Nobre admite que esta em atraso um mes de renda da sede de campanha

Fernando Nobre fala em ataque violentíssimo e inqualificável

O candidato presidencial reconhece o atraso de um mês de renda da sede, considera espantoso o relevo que se está a dar ao assunto e ameaça levar o caso a tribunal

O candidato presidencial Fernando Nobre afirmou-se hoje de "consciência tranquila" em relação à questão das rendas da sua sede de candidatura em Lisboa, mas confirmou que o mês de Setembro ainda não foi pago. "Não estou minimamente preocupado, estou de consciência tranquila", afirmou o candidato.
Em declarações aos jornalistas, à margem de um concerto da pianista Sara Mendes, em Valadares, Gaia, Fernando Nobre considerou "espantoso" que se dê "tanto relevo" a um atraso de um mês.
"Os portugueses já terão entendido que mais do que um mês de atraso na renda, o que está em jogo é uma ataque violentíssimo e inqualificável a uma candidatura da cidadania como a minha, que vive exclusivamente dos donativos dos cidadãos", afirmou.
Fernando Nobre disse ainda que "o assunto será dirimido em sede própria" e que "o gabinete jurídico está mandatado para ir até ao fim" nesta questão. "A verba está completamente errada, mas isso será dirimido nos meios próprios, ou seja, na justiça portuguesa", acrescentou.
À tarde, em comunicado enviado à Agência Lusa, a candidatura de Fernando Nobre tinha-se afirmado prejudicada por um "diferendo contratual" relacionado com o número de metros quadrados ocupáveis da sede nacional.
A candidatura referiu que na passada sexta-feira se reuniu com o senhorio e que ficou combinado que iria "proceder a novos pagamentos", apesar "de faltar a urgente e necessária rectificação do contrato".
"Estamos a falar de 1 mês de atraso", referiu a candidatura.
Assim, insurge-se contra as declarações do senhorio à estação de televisão SIC feitas no sábado, que acusa de visarem "atacar e denegrir a candidatura".
A SIC noticiou que a empresa que arrendou a sede da candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República reclama o pagamento de mais de cem mil euros de rendas em atraso, admitindo avançar com uma ordem de despejo.
Uma vez que "não tem receitas nem é uma empresa comercial" e "vive exclusivamente dos donativos", tal pode "implicar um atraso num pagamento", admite a candidatura, que invoca "a honestidade e o percurso do doutor Fernando Nobre" para garantir que a situação seria sempre regularizada.
"O senhorio sabe muito bem, que o carácter, a honestidade e o percurso do doutor Fernando Nobre, eram razões mais que suficientes para ter a certeza que nada lhe seria deixado de pagar", afirma.
A candidatura disse estranhar as queixas públicas do senhorio por, "na sexta-feira, dia 29 Outubro", ter "ficado combinado que apesar de faltar a urgente e necessária rectificação do contrato, a candidatura ia, dia 2 de Novembro [terça-feira], proceder a novos pagamentos".
Para a candidatura de Fernando Nobre, "é óbvio" que "do que se trata não é de pagamentos em falta", mas sim de "denegrir a candidatura" e afirma que "vai constituir advogado de modo a exercer os direitos que a lei lhe confere".
Sede de campanha.

31-10-2010por Lusa

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fernando Nobre Acusa Cavaco Silva, Governo e oposição

Fernando Nobre diz que estamos perante uma emergência nacional. O candidato à presidência acusa Cavaco Silva, além do Governo e da oposição, de terem feito o país refém de pressões externas por terem actuado tarde demais. .
2010-10-28

Se fosse Presidente, Nobre pediria a Sócrates um novo OE

Candidato presidencial critica Cavaco por ter actuado «tardiamente», mas acredita que Orçamento acabará por ser aprovado, «provavelmente com a abstenção do PSD»

Fernando Nobre disse esta quinta-feira que se já fosse Presidente da República encararia um eventual chumbo do Estado do Estado, pedindo ao primeiro-ministro que apresentasse um novo Orçamento do Estado.

«É evidente que pediria que o senhor primeiro-ministro reconsiderasse a sua posição e faria com que todos os partidos e forças sociais contribuíssem para um novo orçamento», disse o candidato em resposta a uma pergunta da Lusa, à margem de uma iniciativa de campanha em Gondomar.
«Acho que temos de ir pela política dos pequenos passos e não das grandes rupturas neste momento histórico do país», disse, recusando cenários como a nomeação um governo de salvação nacional, um governo de iniciativa presidencial com nomes reputados fora dos partidos ou um convite ao PSD e ao CDS para formarem governo.
Para Fernando Nobre, Cavaco Silva «também não deveria ter deixado esgotar o prazo da sua intervenção, que expirou dia 09 de Setembro», altura em que ainda poderia dissolver o Parlamento. Agora ¿ disse ¿ «estamos perante toda essa imensa pressão externa, dos mercados, dos juros da dívida, das agências de rating. Em vez de prevenir, estamos a reagir a altíssimas pressões e, quando é assim, em geral o que sai é mau».
Fernando Nobre previu que o Orçamento acabará por ser aprovado, «provavelmente com a abstenção do PSD, mas não será o orçamento que o país e o povo português precisavam. O que é comum ouvir é que o orçamento é mau, muito mau, mas tem de ser aprovado».
Na avaliação do candidato, o Orçamento deveria contribuir para reduzir um Estado «extremamente gordo» e para «não penalizar tanto o povo» português.
«Espero que até ao dia 03 ainda possam chegar a um acordo porque o nosso país precisa, mas volto a insistir que é preciso ter em atenção o sofrimento que o povo português vai ter em 2011», frisou.
Referindo-se expressamente à reunião do Conselho de Estado prevista para sexta-feira, Fernando Nobre previu que o encontro vai saldar-se por um consenso quanto à necessidade de aprovação do Orçamento do Estado para 2011.
«Pela constituição do Conselho e perante as reacções que já que ouviram, acho que da reunião vai sair um consenso para apelar a que no dia 03 o Orçamento seja aprovado na generalidade, ainda que com a abstenção do PSD», disse o candidato. «Depois vamos ver as melhorias possíveis nas discussões na especialidade», acrescentou.
Nobre acusou ainda Cavaco Silva, de actuar tardiamente no caso do Orçamento do Estado para 2011. «Sabíamos da urgência desta matéria e acho que o Presidente da República deveria ter actuado muito mais rapidamente e de forma mais decisiva. O Conselho de Estado deveria ter sido convocado há muito mais tempo», disse Fernando Nobre, durante uma visita a Gondomar.

Por: TVI24
28- 10- 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fernando Nobre acusa Cavaco Silva de ter actuado tardiamente

O candidato presidencial Fernando Nobre acusou hoje o Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, de actuar tardiamente no caso do Orçamento do Estado para 2011.

«Sabíamos da urgência desta matéria e acho que o Presidente da República deveria ter actuado muito mais rapidamente e de forma mais decisiva. O Conselho de Estado deveria ter sido convocado há muito mais tempo», disse Fernando Nobre, durante uma visita a Gondomar.
Cavaco Silva «também não deveria ter deixado esgotar o prazo da sua intervenção, que expirou dia 9 de Setembro», altura em que ainda poderia dissolver o Parlamento.
Agora - disse - «estamos perante toda essa imensa pressão externa, dos mercados, dos juros da dívida, das agências de rating. Em vez de prevenir, estamos a reagir a altíssimas pressões e, quando é assim, em geral o que sai é mau».
Fernando Nobre previu que o Orçamento acabará por ser aprovado, «provavelmente com a abstenção do PSD, mas não será o orçamento que o país e o povo português precisavam. O que é comum ouvir é que o orçamento é mau, muito mau, mas tem de ser aprovado».
Na avaliação do candidato, o Orçamento deveria contribuir para reduzir um Estado «extremamente gordo» e para «não penalizar tanto o povo» português.
«Espero que até ao dia 3 ainda possam chegar a um acordo porque o nosso país precisa, mas volto a insistir que é preciso ter em atenção o sofrimento que o povo português vai ter em 2011», frisou.

Lusa / SOL 28/10/2010





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PRESIDENCIAIS 2011…!

PRESIDENCIAIS 2011…!

É hoje o dia “D” para Cavaco Silva. Já todo o País o sabia. Tal como “previu” e adiantou via TVI o comentador, o conselheiro de estado, o amigo, Marcelo Rebelo de Sousa. Este adivinhou, que no dia 26 de Outubro, o Presidente da República iria anunciar a sua recandidatura!!! E anunciou. Adivinhou o dia, a hora e o local. Até parece milagre, mas de facto não é.

Julgo até que terá sido combinado e foi uma forma de testar uma maneira diferente de anunciar o que já era óbvio, levando a que se falasse da sua recandidatura, pelo modo como foi feito o anúncio e não pelo facto em si.
A história encarrega-se de nos dizer, que o Presidente da República é sempre reeleito para o segundo mandato. Segundo alguns, porque no primeiro mandato, procuram dar-se bem com Deus (governo) e com o Diabo (oposição), não criar muitas “ondas” e isso facilita essa reeleição.
É tempo de dizer BASTA a esta mitigação político-partidária. É tempo de dizer BASTA, aos mesmos de sempre. É tempo de dizer BASTA a 36 anos desbaratados por uma “oligarquia” política que se quer manter a todo o custo no poder. Culpa nossa, porque continuamos sempre a votar nos mesmos.
Vejamos quem nos governou até agora, numa análise rápida e cingindo-nos de algum modo àqueles que ainda “mexem” na cena política: Primeiro-Ministros Mário Soares (76-78 e 83-85), Pinto Balsemão (81-83), Cavaco Silva (85-95), António Guterres (95-02), Durão Barroso (02-04), Santana Lopes (04-05) e José Sócrates (desde 2005); Presidentes da República Ramalho Eanes (76-86), Mário Soares (86-96), Jorge Sampaio (96-06) e Cavaco Silva (desde 2006). São estes políticos, que em pouco mais de 30 anos, levaram o País a um buraco, do qual não sabemos quando e como sair!
Há aqui nomes que são contribuintes líquidos para esta situação vergonhosa em que o País se encontra: Soares, Guterres e Sócrates pelo PS e Cavaco e Barroso pelo PSD.
Mas se nos enquadramos na questão das Presidenciais de 2011, juntamos ao nome de Cavaco Silva, o de Manuel Alegre, este, um “alegre” profissional da política desde 1974 e que votou os orçamentos, enquanto deputado, que nos trazem até este beco sem saída. Mas de Alegre, não há-de rezar a história.
Já quanto a Cavaco, a questão é diferente. Durante os cinco anos deste mandato, foi incapaz de pôr ordem na casa. Não definiu uma linha limite (red line) a Sócrates. Por muito menos, Sampaio demitiu o governo de Santana Lopes.
Para além da sua inoperância Presidencial, ainda tentou manter o seu amigo e Conselheiro de Estado Dias Loureiro no “tacho” para o qual ele próprio o indicou. Suscitou a questão das escutas no Palácio de Belém, acusou o governo de tal facto e sem provas, ficou mal na fotografia e saiu chamuscado. Não demitiu o governo, por pura e dura incompetência, quando o devia ter feito. Porque não o fez?
Recebe reforma de ex. Primeiro-ministro (quase 3000 EUR), de ex. Banco de Portugal (mais de 4000 EUR) e ex. Docente da Universidade Nova de Lisboa (quase 2500 EUR) e não abdicou delas, uma vez que aufere o ordenado pelo exercício da sua função de Presidente da República e demais benesses. Onde está o exemplo que deveria dar? Que moral tem para falar em nome do Povo?
“Custou” ouvir Cavaco Silva ter o discurso redondo de há 5 anos atrás para invocar a recandidatura e dizer que se não fosse a sua intervenção (!!!) e os seus conselhos (!!!), o País estava na fossa. E não estamos? Ó meu caro Presidente e agora candidato, anda muito distraído! Como dizia Eça de Queirós: “Os políticos e as fraldas devem ser mudadas frequentemente e pela mesma razão.”.
Mas o País tem uma alternativa. Enquanto Cavaco e Alegre se pavoneavam pelos corredores do poder, havia um homem que andava de tenda-de-campanha, em tenda-de-campanha, a prestar assistência médica a quem necessitava por esse Mundo fora. E esse homem chama-se FERNANDO NOBRE.
Este sim, é o candidato dos pobres e dos mais desprotegidos. Este candidato sabe o que são as agruras da vida. Não depende, nem nunca dependeu da política. Não tem telhados de vidro.
O País precisa de uma mudança. O País precisa de alguém com quem possa dialogar. De alguém que os oiça e entenda. A classe política de hoje, fala entre si, são redondos e o POVO não os compreende, tal como quando o POVO fala, estes não o ouvem e não o entendem.
FERNANDO NOBRE percebe a linguagem do POVO. Ele é um, entre nós. Portugal precisa com urgência de uma mudança radical no seu paradigma de poder. E FERNANDO NOBRE pode ser o clic para tal.

José Henriques Soares
2010-10-27
http://www.fernandonobreparedes.blogspot.com/ e fernandonobreparedes@gmail.com

Os Cinco Cavacos.

Os cinco Cavacos.

Artigo de opinião Daniel Oliveira (www.expresso.pt)

Terça feira, 26 de Outubro de 2010

Cavaco Silva apresenta hoje a sua recandidatura. Foi ministro quando eu tinha 11 anos. Pode sair da Presidência quando eu tiver 46. Ele é o maior símbolo de tantos anos perdidos. E aqui se fala das suas cinco encarnações.
Sem contar com a sua breve passagem pela pasta das Finanças, conhecemos cinco cavacos. Mas todos os cavacos vão dar ao mesmo.

O primeiro Cavaco foi primeiro-ministro. Esbanjou dinheiro como se não houvesse amanhã. Desperdiçou uma das maiores oportunidades de deste País no século passado. Escolheu e determinou um modelo de desenvolvimento que deixou obra mas não preparou a nossa economia para a produção e a exportação. O Cavaco dos patos bravos e do dinheiro fácil. Dos fundos europeus a desaparecerem e dos cursos de formação fantasmas. O Cavaco do Dias Loureiro e do Oliveira e Costa num governo da Nação. Era também o Cavaco que perante qualquer pergunta complicada escolhia o silêncio do bolo rei. Qualquer debate difícil não estava presente, fosse na televisão, em campanhas, fosse no Parlamento, a governar. Era o Cavaco que perante a contestação de estudantes, trabalhadores, polícias ou utentes da ponte sobre o Tejo respondia com o cassetete. O primeiro Cavaco foi autoritário.
O segundo Cavaco alimentou um tabu: não se sabia se ficava, se partia ou se queria ir para Belém. E não hesitou em deixar o seu partido soçobrar ao seu tabu pessoal. Até só haver Fernando Nogueira para concorrer à sua sucessão e ser humilhado nas urnas. A agenda de Cavaco sempre foi apenas Cavaco. Foi a votos nas presidenciais porque estava plenamente convencido que elas estavam no papo. Perdeu. O País ainda se lembrava bem dos últimos e deprimentes anos do seu governo, recheados de escândalos de corrupção. É que este ambiente de suspeita que vivemos com Sócrates é apenas um remake de um filme que conhecemos. O segundo Cavaco foi egoísta.
O terceiro Cavaco regressou vindo do silêncio. Concorreu de novo às presidenciais. Quase não falou na campanha. Passeou-se sempre protegido dos imprevistos. Porque Cavaco sabe que Cavaco é um bluff. Não tem pensamento político, tem apenas um repertório de frases feitas muito consensuais. Esse Cavaco paira sobre a política, como se a política não fosse o seu ofício de quase sempre. Porque tem nojo da política. Não do pior que ela tem: os amigos nos negócios, as redes de interesses, da demagogia vazia, os truques palacianos. Mas do mais nobre que ela representa: o confronto de ideias, a exposição à critica impiedosa, a coragem de correr riscos, a generosidade de pôr o cargo que ocupa acima dele próprio. Venceu, porque todos estes cavacos representam o nosso atraso. Cavaco é a metáfora viva da periferia cultural, económica e politica que somos na Europa. O terceiro Cavaco é vazio.
O quarto Cavaco foi Presidente. Teve três momentos que escolheu como fundamentais para se dirigir ao País: esse assunto que aquecia tanto a Nação, que era o Estatuto dos Açores; umas escutas que nunca existiram a não ser na sua cabeça sempre cheia de paranóicas perseguições; e a crítica à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo que, apesar de desfazer por palavras, não teve a coragem de vetar. O quarto Cavaco tem a mesma falta de coragem e a mesma ausência de capacidade de distinguir o que é prioritário de todos os outros.
Apesar de gostar de pensar em si próprio como um não político, todo ele é cálculo e todo o cálculo tem ele próprio como centro de interesse. Este foi o Cavaco que tentou passar para a imprensa a acusação de que andaria a ser vigiado pelo governo, coisa que numa democracia normal só poderia acabar numa investigação criminal ou numa acção política exemplar. Era falso, todos sabemos. Mas Cavaco fechou o assunto com uma comunicação ao País surrealista, onde tudo ficou baralhado para nada se perceber. Este foi o Cavaco que achou que não devia estar nas cerimónias fúnebres do único prémio Nobel da literatura porque tinha um velho diferendo com ele. Porque Cavaco nunca percebeu que os cargos que ocupa estão acima dele próprio e não são um assunto privado. Este foi o Cavaco que protegeu, até ao limite do imaginável, o seu velho amigo Dias Loureiro, chegando quase a transformar-se em seu porta-voz. Mais uma vez e como sempre, ele próprio acima da instituição que representa. O quarto Cavaco não é um estadista.
E agora cá está o quinto Cavaco. Quando chegou a crise começou a sua campanha. Como sempre, nunca assumida. Até o anúncio da sua candidatura foi feito por interposta pessoa. Em campanha disfarçada, dá conselhos económicos ao País. Por coincidência, quase todos contrários aos que praticou quando foi o primeiro Cavaco. Finge que modera enquanto se dedica a minar o caminho do líder que o seu próprio partido, crime dos crimes, elegeu à sua revelia. Sobre a crise e as ruínas de um governo no qual ninguém acredita, espera garantir a sua reeleição. Mas o quinto Cavaco, ganhe ou perca, já não se livra de uma coisa: foi o Presidente da República que chegou ao fim do seu primeiro mandato com um dos baixos índices de popularidade da nossa democracia e pode ser um dos que será reeleito com menor margem. O quinto Cavaco não tem chama.
Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos. Quando chegou a primeiro-ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26. Quando foi eleito Presidente eu tinha 36. Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política. Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar. Ele é a política em tudo que ela falhou. É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nobre diz que experiência económica de Cavaco não impediu país de entrar na crise

O candidato presidencial Fernando Nobre considerou que a "grande experiência económica" de Cavaco Silva não impediu o país de entrar na "situação trágica" da crise, defendendo a necessidade de "escrever um novo livro, com um novo Presidente da República".
Em declarações aos jornalistas na sua sede de candidatura, em Lisboa, Fernando Nobre afirmou que, ao ver o anúncio da recandidatura de Cavaco Silva, teve uma sensação de dejá vu.
"O professor Cavaco Silva acabou por invocar as mesmas razões que invocou há cinco anos, como a sua grande experiência económica, grande conhecimento dos dossiês, preocupações com o desemprego, com a juventude, com o crescimento económico, mas o facto é que, ao ouvi-lo, tive a impressão de regressar ao passado", afirmou.
No entanto, considerou Fernando Nobre, passados cinco anos de Cavaco Silva na Presidência, "todos os parâmetros estão muito piores".

26.10.2010 - 21:17 Por Lusa

domingo, 24 de outubro de 2010

Fernando Nobre criticou silêncio de Manuel Alegre sobre a greve geral.

Fernando Nobre apoia greve geral e critica silêncio de Alegre
O candidato à presidência da República Fernando Nobre disse hoje, sábado, em Tomar, que apoia a greve geral convocada pelas duas centrais sindicais para 24 de Novembro, criticando o silêncio de Manuel Alegre sobre a matéria
Fernando Nobre criticou silêncio de Manuel Alegre sobre a greve geral.
"Apoio a greve geral em nome da salvaguarda das necessidades básicas de milhões de portugueses que estão a ser humilhados e profundamente atingidos na sua dignidade de seres humanos", disse Fernando Nobre durante um almoço em Tomar, que reuniu centena e meia de apoiantes.
Nobre lamentou que o candidato apoiado pelo Partido Socialista e pelo Bloco de Esquerda, Manuel Alegre, ainda nada tenha dito sobre o assunto, "porque não tem as mãos livres para o fazer".
Afirmando que Portugal "vive uma situação dramática", Nobre sublinhou que o país precisa de um Presidente "capaz de procurar consensos e promover compromissos".
Em toda a minha vida ajudei a que se fizessem compromissos em situações limite de conflito e guerra, agora não conseguiria fazê-lo nos gabinetes políticos?", questionou, sublinhando que os únicos interesses que defende são os "de Portugal e de cada um dos portugueses".
Fernando Nobre termina hoje uma semana de campanha pelo distrito de Santarém, que classificou de "terra de liberdade", aludindo ao facto de daqui ter partido para "fazer o 25 de Abril um dos mais extraordinários portugueses da história do Portugal Democrático", Salgueiro Maia.
Nobre, que se revê na postura do então capitão - de recusa de "benesses e honrarias", movido apenas pela "honra de servir o que acreditava ser o melhor para Portugal" -- adaptou para "manifesto" da sua candidatura as palavras de Salgueiro Maia antes de sair do quartel, no apelo a que quem quisesse "acabar com o estado a que chegámos" o seguisse.

Jornal de Noticias.
2010-10-23

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Cavaco poderia ter accionado bomba atómica"

Dr. Fernando Nobre.

"Cavaco poderia ter accionado bomba atómica"
Fernando Nobre diz que o Presidente da República não se pode queixar de não ter poderes.
Numa sessão de perguntas e respostas com alunos do Instituto Politécnico de Santarém, o candidato presidencial afirmou que o Presidente da República "não se pode queixar de não ter poderes", frisando que Cavaco Silva "já deveria ter recorrido a vários meios para agir sobre a actual situação política".
Para Fernando Nobre, o Presidente da República "deveria ter enviado mensagens à Assembleia da República, chamado à atenção do primeiro ministro nos encontros semanais, convocado o Conselho de Estado ou até mesmo accionado o último dos mecanismos que é a dissolução do Parlamento".
"Vivemos uma fase que exige bom senso, responsabilidade e coragem e o Presidente da República tem que assegurar o regular funcionamento das instituições", acrescentou o candidato, frisando que, na sua opinião, "quando se chega a este nível de conflitualidade entre os dois principais partidos, o Presidente deveria conseguir criar pontos de diálogo".
"Os meus actuais opositores, Cavaco Silva e Manuel Alegre, deveriam saber antever a situação que vivemos hoje, o alerta já deveria ter sido dado", continuou Fernando Nobre, considerando que "o cargo de Presidente da República exige esta capacidade de antevisão e, se for preciso, de saber dar um murro na mesa".
"Espero que na Presidência da República, ganhe quem ganhar, venha a estar um ser humano que não veja apenas números e que não tenha apenas retórica", referiu ainda Fernando Nobre.

DE; Económico/Lusa
20/10/2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Presidenciais; Nobre diz que declaração de Marcelo "faz crer que teve aval" de Cavaco

O candidato presidencial Fernando Nobre afirmou hoje que o anúncio da recandidatura de Aníbal Cavaco Silva feito ontem por Marcelo Rebelo de Sousa "faz crer que teve o aval" do actual Presidente.

"A forma como [Marcelo Rebelo de Sousa] obteve essa informação - data, hora e sítio -, que é de um círculo extremamente restrito, parece fazer crer que tinha o aval do próximo candidato à Presidência da República", disse Fernando Nobre, sublinhando ser preciso não esquecer "que o professor Marcelo Rebelo de Sousa é conselheiro de Estado".
Fernando Nobre deu como certo o conhecimento prévio de Cavaco Silva para a informação divulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que em caso contrário "entra-se na política espectáculo, que não credibiliza a política". O antigo líder do PSD e actual comentador político da TVI afirmou ontem, durante o seu espaço semanal no "Jornal Nacional", que Cavaco Silva vai anunciar a recandidatura pelas 20h00 de 26 de Outubro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Fonte de Belém disse que esta é uma "matéria sobre a qual a Presidência da República não se pronuncia". Para Fernando Nobre, trata-se de uma forma de anunciar "no mínimo invulgar". Apesar de defender que Cavaco Silva tem "toda a legitimidade para fazer" o anúncio, o candidato acha que era esperado que "o fizesse de forma diferente".
A confirmar-se, o anúncio da recandidatura decorrerá na semana em que será discutida e votada na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2011. Uma data que, para Fernando Nobre, foi "com certeza muito bem pensada" e que "pode ter várias leituras".
Ainda assim, Nobre não avança com cenários, por considerar que o que realmente é importante é "o cenário de empobrecimento da esmagadora maioria dos portugueses, de aumento do desemprego e da pobreza em Portugal e de corte na economia que hipoteca o futuro e o desenvolvimento do país".

Jornal Público
18.10.2010 - Por Lusa

sábado, 16 de outubro de 2010

«Alegre não é candidato do BE. É de Louçã»

Fernando Nobre lembra que ele próprio tem apoio de vários bloquistas

O candidato à Presidência da República Fernando Nobre não poupa nas críticas ao «rival» Manuel Alegre e considera mesmo que o apoio do Bloco se centra na figura do seu líder.
«O Manuel Alegre é o candidato de Francisco Louçã. Ponto! Não é o candidato do BE, porque na minha candidatura tenho pessoas de todos os partidos, inclusive do BE», afirmou, em entrevista ao «Expresso».
Nobre recorda que apoiou Alegre nas últimas presidenciais, mas não lhe perdoa: «quando falo de Manuel Alegre, não sei se falo do que dizia nas últimas presidenciais que Louçã era o Salazar vestido do avesso, se do que foi o maior opositor do primeiro-ministro nos últimos anos, ou do que disse que era melhor ter uma cátedra em Itália do que ser PR, ou do que dizia que dormia tranquilo se Cavaco fosse eleito.»
O candidato considera que Alegre «traiu o PS» quando se candidatou em 2005, contra «o candidato oficial» do partido.

IOL Diário
16/10/2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fernando Nobre; Cavaco e Alegre têm responsabilidades na situação do país

O candidato à Presidência da República Fernando Nobre considera que Cavaco Silva e Manuel Alegre também "têm responsabilidades" em relação à situação a que o país chegou e "vão ter que as assumir".


Portugal "não chegou a esta situação por obra e graça do Espírito Santo", está neste "estado de coisas" porque "houve desgovernação", afirma Fernando Nobre, que falava à agência Lusa, hoje, ao final da manhã, em Coimbra, depois de ter visitado a empresa Critical Software, no âmbito da sua campanha pré-eleitoral.

"Se virmos bem", acrescenta, "nos últimos dez anos o nosso crescimento foi anémico e nos próximos dez provavelmente será nulo, embora já se fale de recessão". Por isso, sublinha, "há responsabilidades".
"O senhor Presidente da República tem responsabilidades e vai ter que as assumir, o ex-deputado Manuel Alegre tem responsabilidades e vai ter que as assumir", afirma Fernando Nobre.
As pessoas não podem pôr-se a "olhar para as nuvens e a assobiar para o lado" e a dizerem "umas banalidades que não interessam nada à situação do país nem ao povo português", por "meros cálculos pessoais, oportunistas ou de calendário eleitoral".
Todos os cidadãos têm responsabilidades, mas "há pessoas que tiveram um exercício efectivo de poderes executivos ou legislativos que têm muito mais responsabilidades porque -- repito -- não chegamos ao ponto em que estamos por um defeito genético lusitano ou por uma fatalismo lusitano".
Por isso, sublinha, "chegou o momento de apurar responsabilidades" e "eu quero ouvir as pessoas" a fazê-lo, desafia o candidato a Belém, considerando que "chegou o momento de termos um discurso de verdade e de frontalidade".
Fernando Nobre também o faz -- garante -- e admite que ele próprio "talvez devesse ter sido mais activo, mais interveniente".
Até "deveria ter-me levantado mais cedo para um combate cívico e de cidadania autênticas", admite, afirmando que não diz "isto agora" por uma questão de votos, mas porque "esta foi sempre a minha vida".

por Lusa
DN; 15/10/2010

Fernando Nobre: proposta do governo é "um violento murro no estômago da classe média"

O candidato à Presidência da República Fernando Nobre diz que o Orçamento do Estado para 2011 (OE2011), proposto pelo governo, é “um violento murro no estômago da classe média e, sobretudo, da classe média/baixa”.
O OE para 2011, “tal como é apresentado e pelo que se conhece”, vai “provocar mais desemprego, mais pobreza, mais miséria e mais exclusão" e "menos investimento, menos desenvolvimento e menos crescimento”, acrescenta o candidato presidencial, que falava à agência Lusa, hoje, ao final da manhã, em Coimbra.
Fernando Nobre considera que “é fundamental que o nosso país tenha um orçamento”, mas “não este, que tem de ser discutido e melhorado”.
O OE2011 “não pode atingir as classes já mais fragilizadas”, sob pena de, adverte, “o nosso país daqui a pouco, em vez de 18 por cento de pobres" passar a ter "40 por cento, ou mais”.
Para o candidato, o problema económico de Portugal tem de ser resolvido com o aumento das exportações, mas estas, como é sabido, “não dependem apenas de nós”. Por isso, sustenta, “tem de se cortar mais no despesismo do Estado, em todas as suas estruturas”.
“Andam aí imensos buracos no queijo, por onde muito dinheiro está a ser mal gasto ou é desviado em mordomias diversas e excessos que não se justificam”, denuncia.
Nas mordomias e excessos “tem que ser feito um corte radical e já”, sublinha o candidato presidencial, que falava à agência Lusa, depois de, ao final da manhã de hoje, ter visitado a empresa Critical Software, no âmbito da sua pré-campanha eleitoral, durante esta semana, no distrito de Coimbra.
Embora reconheça que Portugal precisa de ter OE, Fernando Nobre recorda que “este ano vivemos em duodécimos até maio e ninguém se queixou”.
Por isso, “entre um péssimo orçamento e um orçamento menos mau que leve mais tempo a ser discutido”, Fernando Nobre prefere “um orçamento menos mau”.
O candidato a Belém apela, assim, a que “todos – partidos, sindicatos e representantes da sociedade portuguesa – se sentem à mesa”, para “discutirem e fazerem um orçamento de unidade nacional”, sem nunca esquecerem que isso “implica convergência de pontos de vista e cedências”.
“Todos nós queremos um orçamento, mas não um orçamento que mergulhe o país na recessão e numa miséria mais profundas do que as que já tem”, apela Fernando Nobre.

Destak/Lusa
15/10/2010

sábado, 9 de outubro de 2010

CANDIDATURA FERNANDO NOBRE
JOVENS DO MEU PAÍS:

"Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado" (Sophia de Mello Breyner)

Não se deixem acomodar.

Sejam críticos, exigentes.

A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais.

Erguei-vos comigo

FERNANDO NOBRE

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fernando Nobre distrito do Porto

O exemplo de cá

Nobre passa «raspanete» a Cavaco

Nobre passa «raspanete» a Cavaco


Candidato considera que o Presidente devia ter reunido com os partidos quando ainda podia exercer «pressão» sobre eles
 O candidato presidencial Fernando Nobre afirmou este sábado que Cavaco Silva podia ter reunido com os partidos quando ainda se podiam realizar eleições.
«O actual Presidente da República deixou esgotar esse passo fatídico dos seis meses. Até aí ele tinha armas de pressão sobre os partidos para os fazer entender que era necessário um bom orçamento para o país», afirmou o candidato independente.
Nobre defendeu um Orçamento do Estado «que não penalize classes sociais que estão com a cabeça ligeiramente fora de água e que não fosse aumentar a pobreza, o desemprego e mergulhar o país numa recessão».
Ainda relativamente ao orçamento, o candidato deixou um alerta: «Se acabarmos com os subsídios do Estado providência, isso quer dizer que rapidamente teremos 40% de pobres, e esse não é o futuro.»
Fernando Nobre falava aos jornalistas à saída de uma acção de pré-campanha no Mercado de Benfica, em Lisboa, onde cumprimentou comerciantes e compradores e ouviu queixas e algumas promessas de votos.
O candidato afirmou que «as pessoas se queixaram de que a vida de ano para ano está pior e que há menos poder de compra». Aos jornalistas afirmou que traz «uma mensagem de mudança radical».
«O nosso país tem de ter um outro rumo. Ou mudamos ou afundamo-nos. O nosso país está a afundar-se mercê de políticas erradas das últimas décadas. É o momento de invertermos a marcha decadente», declarou.
O candidato deixou ainda um desabafo: «Estou cansado de ver Portugal citado pelos piores índices, nomeadamente de pobreza, de endividamento, do défice, e de ver que são outras autoridades que nos dão as orientações e as ordens para conduzir o nosso destino.»
«Quero introduzir mudança e acredito que, se o Presidente da República exercer efectivamente todos os poderes que lhe estão reservados na Constituição, ele tem uma palavra decisiva a dizer no sentido da mobilização geral de um povo, de uma galvanização de um povo e é por isso que estou aqui», argumentou.

 
CANDIDATURA FERNANDO NOBRE

Meus Amigos:

A NOSSA Candidatura está, como percebem do grande número de eventos a acontecer todos os dias, numa fase de grande intensificação. E assim terá que continuar. Localmente e tendo por base as estruturas, as pessoas e a organização local. Irei percorrer todos os Distritos e Regiões Autónomas, e nessas alturas participarei em todos os eventos programados. Mas a nossa Campanha tem que decorrer em simultâneo por todo o País. E, naturalmente, não poderei estar em todos os locais. Por isso criámos a NOSSA estrutura local.

Sois os meus representantes e a voz da minha Candidatura a nível local.

Dêem largas a vossa imaginação e capacidade organizativa.

E tenham em conta que a NOSSA Candidatura precisa ser levada ao Povo anónimo e em todos os locais.

Na aldeia mais pequena do vosso Distrito.

É esse o alvo que nos deve preocupar também, a partir de agora.

As vossas iniciativas não poderão de deixar de ter em conta esse facto.

Vamos ao trabalho. Vamos à luta.

Vamos mostrar quanto valem os CIDADÃOS livremente organizados.

Meus AMIGOS : SIM É POSSÍVEL !

Abraço Amigo

Fernando Nobre



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nobre classifica de "discurso de circunstância" intervenção de Cavaco








O candidato presidencial Fernando Nobre classificou hoje de "discurso de circunstância" a intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, no 5 de Outubro, considerando que além da "unidade dos partidos" são necessárias "boas políticas e medidas concretas".
"É um discurso de circunstância, um discurso formal, que para mim não é um discurso mobilizador, nem galvanizador, nem, sobretudo, catalisador das boas vontades", afirmou Fernando Nobre aos jornalistas.
O candidato a Belém assistiu na Praça do Município, em Lisboa, à comemoração do Centenário da República, onde Cavaco Silva defendeu "um compromisso político de coesão nacional", considerando que as forças políticas, sem abandonar as suas diferentes perspectivas, devem compreender a "gravidade do tempo presente".
"Sabemos que precisamos de unidade dos partidos políticos, mas sabemos, sobretudo, que precisamos de boas políticas e de medidas concretas que permitam evitar mergulhar o povo português em maior pobreza do que aquela que ele já tem", afirmou Fernando Nobre.
Para o também presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), "os discursos são meros exercícios de retórica" e "reafirmam mais uma vez tudo que já sabemos", num "diagnóstico" que "está feito".
"O povo português está bem consciente das dificuldades que tem, cabe ao povo português decidir que futuro vai querer para o nosso país, se queremos que o nosso país se afunde, ou não", acrescentou.
Fernando Nobre elogiou o discurso do presidente da comissão para as comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, considerando que "deixou as mensagens certas e as preocupações que efectivamente existem no país".

O presidente da comissão para as comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, defendeu hoje que é preciso "mudar de vida" e "promover as reformas indispensáveis" para o "equilíbrio económico e financeiro".
"Precisamos uma vez mais de mudar de vida, de promover as reformas indispensáveis para a reconstrução de um equilíbrio, económico e financeiro sustentável, para a reafirmação de um Estado de Direito autorizado e credível, para a revitalização de uma democracia mais transparente, mais mobilizadora, mais livre de interesses e clientelas", afirmou Santos Silva.

DN: 05:10:2010

Fernando Nobre esperava discurso presidencial mais mobilizador

O candidato presidencial Fernando Nobre opinou, esta terça-feira, que Cavaco Silva fez um discurso «normal», nas comemorações do centenário da República, mas podia ter ido mais longe.

Fernando Nobre, candidato à Presidência, diz que Cavaco mostrou-se «descrente»

«Poderia ter sido muito mais incisivo, mobilizador e galvanizador de todo um povo», mas «está descrente», comentou o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI).
Para o médico, mais do que falar das dificuldades que o país enfrenta, é importante «olharmos para o nosso futuro, decidir o que temos de fazer». «Nisso o povo português terá a palavra decisiva», lembrou.

«Temos de mudar de vida. Ou Portugal muda ou afunda-se», defendeu.

Fernando Nobre nos Paços do Concelho para lembrar que muitos princípios ainda estão por cumprir

Fernando Nobre nos Paços do Concelho para lembrar que muitos princípios ainda estão por cumprir

O candidato à Presidência da República Fernando Nobre chegou hoje à Praça do Município "como cidadão" e para lembrar que "muitos dos princípios da República ainda estão para cumprir".

"Vim como um cidadão que por acaso é candidato à Presidência da República", justificando desta forma o facto de não ter sido convidado para estar na tribuna principal onde se sentam os convidados para as celebrações do centenário da implantação da República.

Falando aos jornalistas à chegada aos Paços do Concelho, Fernando Nobre disse que já dispõe das assinaturas que lhe permitem finalizar a candidatura à Presidência.

Lisboa, 5 out (Lusa)
De Cristina Cardoso (LUSA)

sábado, 2 de outubro de 2010

Fernando Nobre responsabiliza Manuel Alegre e Cavaco Silva por "políticas de desastre económico"

Fernando Nobre responsabiliza Manuel Alegre e Cavaco Silva por "políticas de desastre económico"
O candidato presidencial sustenta que ambos consentiram as políticas que culminaram nas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.
2010-10-01 20:28:00

Fernando Nobre contra as medidas de austeridade propostas pelo Governo

O candidato à Presidência da República, Fernando Nobre, assumiu hoje, em conferência de imprensa, estar contra as medidas de austeridade, propostas pelo Governo. Fernando Nobre considera que é necessário um “Orçamento responsável” que não abandone os portugueses e um “Orçamento patriótico” que mobilize todos, criando melhores condições de vida e contribuindo para o desenvolvimento da economia. Fernando Nobre confessou ainda que avançou para Belém convicto de que Cavaco Silva e Manuel Alegre são "parte do problema e não da solução".


2010-10-01 13:37:00

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nobre chocado com reacções de Alegre e Cavaco às medidas de austeridade

Nobre chocado com reacções de Alegre e Cavaco às medidas de austeridade:

Hoje às 18:32, o candidato presidencial Fernando Nobre entende que o socialista Manuel Alegre e o actual Presidente da República também são responsáveis pela crise.

Candidato presidencial Fernando Nobre critica Manuel Alegre e Cavaco Silva, em declarações registadas pela TVI24

O médico que quer ser Presidente da República diz-se chocado com as palavras que escutou de Manuel Alegre e Cavaco Silva sobre as medidas que o Governo quer incluir no Orçamento do Estado para 2011.

«As medidas anunciadas levam ao aumento do desemprego e da pobreza, a uma precarização do trabalho ainda mais gravosa do que a que já existe, ao esmagamento da classe média e à diminuição do nosso crescimento económico já muito anémico, que nos conduz para uma recessão sem prazo definido», disse Fernando Nobre, em conferência de imprensa.

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) entende que o candidato do PS e do BE a Belém e Cavaco silva também são responsáveis pela situação, porque «vivem do sistema e o sistema protege-os».

«É chocante ouvi-los falar sobre as soluções que têm para resolver os problemas e é necessário perguntar porque não o fizeram até hoje. É chocante e uma verdadeira vergonha», opinou.

Nobre implica Alegre e Cavaco no «desastre económico»

Nobre implica Alegre e Cavaco no «desastre económico»
Por Redacção(A Bola)

O candidato à Presidência da República, Fernando Nobre, considera que tanto Cavaco Silva como Manuel Alegre são co-responsáveis pelas «políticas de desastre económico» que obrigaram à adopção de medidas de austeridade.

«Cavaco Silva e Manuel Alegre foram durante décadas representantes activos das políticas de desastre económico a que hoje chegámos», afirmou Fernando Nobre, citado pela edição online do Expresso, numa declaração na sede de candidatura, em Lisboa

Intervenção Dr. Fernando Nobre sobre as Medidas de Austeridade apresentadas pelo Governo

01.10.2010
Intervenção Dr. Fernando Nobre sobre as Medidas de Austeridade apresentadas pelo Governo
Quero salientar a necessidade de medidas orçamentais que levem à diminuição significativa do nosso défice e do nosso endividamento externo.
Isso aliviará a curto prazo a pressão externa que é exercida sobre Portugal.
Mas importa desde já notar que as medidas anunciadas levam a:
Aumento do desemprego e da pobreza;
Precarização do trabalho ainda mais gravosa do que a que já existe;
Esmagamento da classe média;
Aumento da crise social e da conflitualidade de forma preocupante;
Diminuição do nosso crescimento económico já muito anémico que nos conduz para uma recessão sem prazo definido.
É importante aprovar o Orçamento, mas não um Orçamento qualquer.
No anúncio destas medidas não se encontra uma única palavra sobre o desemprego, nem uma ideia para o crescimento económico.
Mais grave, não se encontra uma única palavra de esperança ou de mobilização dos cidadãos em torno de um grande desígnio nacional.
Não mobiliza para a resolução dos grandes problemas, não aponta caminhos.
É uma proposta de Orçamento, forjada na desorientação e no medo.
Qualquer plano de austeridade tem de obedecer a uma estratégia económica, porque o grande problema do país é o crescimento económico.
O nosso défice é estrutural. Gastamos mais do que aquilo que produzimos. Gastamos o que não temos. Utilizámos mal os apoios e subsídios que nos chegaram da Europa. Os nossos políticos sabiam dos riscos e agiram como se nada fosse.
Chegámos aqui. Nunca houve tantos desempregados, nunca a dívida pública foi tão elevada e jamais o nosso endividamento externo atingiu estes níveis.
Seria bom então que este fosse o tempo para repensar Portugal. Neste esforço muito deve ser posto em causa – a começar pelo modo como os políticos e os partidos políticos continuam a viver mais das pequenas intrigas e menos daquilo que é essencial para o país.
Afirmam que a comunidade internacional está com os olhos postos na capacidade dos nossos governantes. É bom que estes também não esqueçam os 10 milhões de portugueses que os observam e julgam.
Este é o Orçamento dos três menos: menos emprego, menos salário, menos apoios sociais.
São pedidos mais sacrifícios sem fim anunciado aos trabalhadores, aos reformados e à classe média.
A redução de salários atingirá mais de 500 mil pessoas.
Estas medidas não vão resolver nenhum problema e vão diminuir o consumo.
Estas medidas não criam um posto de trabalho, pelo contrário.
Estamos em crise há mais de uma década. Há mais de uma década que a economia está doente e estagnada. A crise internacional só veio expor o óbvio.
Em 2002 e em 2005 já estivemos nesta situação.
O que correu mal?
Onde está a prometida reorganização da administração publica?
Que aconteceu com a prometida reestruturação do estado?
Onde está o prometido combate á corrupção, ao desperdício e à fuga fiscal?
Onde estão os milhares de empregos prometidos em delírio eleitoral?
O sistema não funciona, são sempre as mesmas políticas com os mesmos actores, com a sistemática degradação de vida dos portugueses num país eternamente adiado gerido por políticos incompetentes.
Cavaco Silva e Manuel Alegre foram durante décadas representantes activos das políticas de desastre económico a que hoje chegámos.
É por isso que me candidatei a Presidente da República. Porque é preciso dizer aos portugueses, olhos nos olhos, que Cavaco Silva e Manuel Alegre são parte do problema e não da solução.
Cavaco Silva foi primeiro-ministro durante dez anos e Presidente da República nos últimos cinco. O seu ministro Miguel Cadilhe já afirmou que o monstro do défice nacional nasceu com ele.
Manuel Alegre foi deputado durante mais de trinta anos. Foi aliás o deputado com mais anos de parlamento. Votou sempre favoravelmente os Orçamentos do Estado e não há registo de uma lei que tivesse sido aprovada no Parlamento proposta por si. Uma proposta para minorar o sofrimento das pessoas ou para resolver alguma questão concreta.
Manuel Alegre é um homem do sistema. É um homem que está na política e vive da política desde 1974. Assistiu na primeira fila à evolução da situação do país e nunca deixou de aceitar pertencer às listas de deputados que, legislatura atrás de legislatura, compuseram o grupo parlamentar do PS.
Eles também são responsáveis pela situação. Vivem do sistema e o sistema defende-os.
É chocante ouvi-los falar sobre as soluções que têm para resolver os problemas. É chocante e uma verdadeira vergonha.
O futuro não se faz com eles.
Eu acredito no meu país, mas não acredito nas pessoas que me dizem mentiras há tantos anos.
Que me dizem que a situação é uma e depois é outra, que me fazem promessas que depois são impossíveis de cumprir, que nos disseram que podíamos consumir e pagar prestações das nossas casas e agora nos dizem que devemos ser patriotas e entregar tudo aquilo que construímos com o nosso esforço.
Eles fazem parte do problema e não da solução.
Temos de repensar o país. Travar de uma vez por todas as grandes obras públicas, reestruturar o Aparelho de Estado, ponderar o fim de muitos institutos, direcções-gerais e fundações. Questionar o investimento que continuamos a fazer com a Defesa, reequacionar o número de Câmaras Municipais, as parcerias público-privadas e a política fiscal em relação aos Bancos que continuam a apresentar impensáveis lucros.
Estou contra o congelamento do salário mínimo, o congelamento das pensões, o fim ou a diminuição do abono de família, a redução de salários e a diminuição dos subsídios e apoios sociais.
Um Orçamento responsável é o que não abandona portugueses.
Um Orçamento patriótico é o que mobiliza todos os portugueses no desígnio nacional de fazer crescer a economia criando melhores condições de vida para todos.
Este também não é um bom Orçamento para os empreendedores e empresários, fundamentais para o crescimento económico, aumento das exportações e a criação de emprego.
Todos os cidadãos devem sentir que fazem parte do esforço conjunto de fazer crescer a economia e não parte do exército dos excluídos.
Não existe Orçamento do Estado viável sem tecido empresarial confiante e bem sucedido e isto só é possível com trabalhadores motivados e empenhados.
O que Portugal necessita é de mais justiça social e justiça económica.
Enquanto cidadão e candidato a Presidente da Republica peço ao Governo que reconsidere as medidas mas gravosas da proposta do Orçamento do Estado que atingem as famílias portuguesas e em particular os mais desprotegidos, as crianças, os reformados e os desempregados.
Peço que reconsiderem em nome da solidariedade e do mais básico sentimento humanitário as medidas que atingirão sem clemência os já 40% de portugueses que vivem na pobreza ou no limiar da pobreza.
Peço em nome da decência, que recordem que por detrás de cada décima estão seres humanos, por detrás de cada percentagem estão vidas e sonhos.
Espero que os partidos representados na Assembleia da República trabalhem para encontrar um bom Orçamento que considere não só a conjuntura internacional mas também a realidade nacional.
Um bom orçamento é o que não hipoteca o futuro.
Portugal ou muda ou afunda-se. Não chega os slogans caros em cartazes de se pretender ser justo e solidário.
É preciso repensarmos Portugal porque se não o fizermos estaremos próximos de uma catástrofe social e a democracia e a nossa soberania estarão em perigo.
Como candidato a Presidente da República e cidadão independente, sem olhar a tacticismo ou cálculos eleitorais, saberei fazer ouvir a minha voz na defesa dos direitos dos cidadãos.