sábado, 25 de setembro de 2010

Fernando Nobre não se cala se «houver uma criança com fome»

Fernando Nobre não se cala se «houver uma criança com fome»

Candidato a Presidente da República prometeu este sábado ser a voz dos cidadãos anónimos

O candidato a Presidente da República Fernando Nobre prometeu este sábado ser a voz dos cidadãos anónimos e não se calar se houver «uma criança com fome» ou «uma idosa que não consegue pagar os medicamentos», escreve a Lusa.
Numa iniciativa de campanha ao estilo norte-americano, na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, Fernando Nobre discursou rodeado de jovens e na assistência erguiam-se cartazes com «slogans» como «Sim é possível» e «Esperança na mudança».
Além da presença dos «slogans» da campanha presidencial de Barack Obama, o próprio presidente dos Estados Unidos foi citado por Fernando Nobre, para defender a preservação do Estado social.
O médico afirmou-se como «o candidato da cidadania», sublinhando que não é «filiado num partido, como não o é a esmagadora maioria dos portugueses». E disse que foi por causa «dos anónimos portugueses que lutam, que sonham e sofrem por este país sem esperar nada em troca» que decidiu candidatar-se às presidenciais.
«Espero sinceramente estar à altura da Lília, de Faro; do Zé Pereira, do Porto; do João, de Viseu; do Francisco, de Santarém; da Paula, de Lisboa; do Baptista, da Guarda; do Pedro, da Madeira, e de tantos e tantos outros», declarou Fernando Nobre, referindo nomes da sua Comissão de Honra.
Fernando Nobre defendeu que o desenvolvimento das sociedades avalia-se também «pelos pobres que não ignora» e afirmou que se for Presidente da República não ficará inactivo perante cada caso individual de pobreza.
Quanto ao Estado social assinalou que este é tema de debate em Portugal quando «Barack Obama conseguiu o que quase ninguém acreditava ser possível» e «foi assinada uma histórica reforma da saúde» nos Estados Unidos. «Não temos o direito de sermos nós a retroceder. Sejamos capazes de estar ao lado do progresso», defendeu.
Cavaco «desvaloriza» as convicções
Mas o candidato criticou ainda o actual Presidente da República, Cavaco Silva, acusando-o de desvalorizar as convicções e, no mesmo passo, pediu aos portugueses que votem convictamente e não pelo partido dos candidatos.
O médico apontou o desemprego como «o maior drama» que Portugal enfrenta e propôs mudanças nos centros de emprego: «Porque não humanizamos os nossos centros de emprego? Porque não apostamos numa maior proximidade entre os cidadãos e o Estado? Porque não formamos jovens qualificados que possam acolher com dignidade os desempregados nos centros de emprego?».

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