«Alegre tem que deixar claro que é apoiado por dois partidos»
Fernando Nobre diz que o candidato «não pode vir dizer agora que é independente»
O candidato à presidência da República, Fernando Nobre, criticou na noite de sábado o «cálculo tacticista» de Manuel Alegre quando «este diz ser uma candidatura da cidadania» e ao mesmo tempo «é apoiado por dois partidos políticos».
«Manuel Alegre invoca muitas vezes que é uma candidatura da cidadania. Acho que cada um tem de assumir exactamente o que é. Não se pode falar da cidadania por mero cálculo tacticista», afirmou Fernando Nobre em declarações à agência Lusa.
Recordando que Alegre tem o apoio do Bloco de Esquerda e do PS, Fernando Nobre salienta que, por isso, «tem que deixar claro que é um candidato apoiado por dois partidos políticos e não pode vir dizer agora que é um candidato independente. Se o quisesse ser tinha tido oportunidade de o ser».
Fernando Nobre participou em Paredes num jantar que reuniu algumas dezenas de apoiantes e que culminou um dia marcado pela inauguração de sedes concelhias da sua candidatura em Lousada e Paredes.
À agência Lusa, Fernando Nobre disse que a sua candidatura é «a mais genuína representação da cidadania, livre de jogos, de grupos de interesses económicos e partidários».
O candidato exortou também Cavaco Silva e Manuel Alegre a assumirem «as suas responsabilidades» pelo estado «a caminho do insustentável a que chegou o país».
«Cada um tem que assacar as suas responsabilidades e não pode fugir delas. Temos um candidato que foi primeiro-ministro 10 anos, que é Presidente há quatro e que está interveniente na política possivelmente há 20. Tem responsabilidades extremamente nítidas na situação actual», disse à Lusa referindo-se ao actual Presidente da República, Cavaco Silva.
Fernando Nobre lembrou também que o seu adversário Manuel Alegre «foi deputado durante mais de 30 anos e sempre aprovou os orçamentos de Estado que conduziram o país à situação de défice e endividamento que tem hoje».
«O Dr. Manuel Alegre aprovou inclusive a maioria das alterações laborais que puseram os trabalhadores portugueses não situação em que estão hoje. É bom que assuma também todas essas posições», sublinhou.
Fonte: IOL Portugal Diáro 12 de Setembro 2010.
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