terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fernando Nobre inaugurou sede de campanha em Paredes

Fernando Nobre inaugurou sede de campanha em Paredes

O candidato independente à presidência da República, nas eleições de 2011, passou o dia de sábado, 11 de Setembro, no Vale do Sousa. Em Paredes, Fernando Nobre inaugurou a sede de campanha, visitou a feira e algumas instituições locais e jantou com um grupo significativo de apoiantes. Com o propósito de “Unir Portugal” o candidato iniciou, nesta região, a sua passagem por todos os distritos do país e ilhas.
Fernando Nobre inaugurou a sede da sua candidatura em Paredes. Depois dos cumprimentos da praxe, o candidato recebeu das mãos dos poucos apoiantes paredenses 100 das 300 assinaturas de apoio à sua candidatura conseguidos no concelho. Assinaturas essas que se vão juntar a todas as outras que o candidato já recolheu desde que apresentou a sua candidatura. “Já temos 12.500 assinaturas. Mas até Outubro teremos 15 mil (o máximo que uma candidatura pode apresentar. O mínimo são 7.500) para entregar no Tribunal Constitucional. Este foi o meu objectivo e vou conseguir. Quero dar o máximo em tudo”, referiu o candidato, depois de agradecer o esforço dinamizador de José Henriques Soares, responsável da sua candidatura nos concelhos de Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel. O candidato independente, que é médico e presidente da AMI - Assistência Médica Internacional, salientou que “estamos aqui para ganhar. O país precisa de uma mudança. Esta é a candidatura da unidade de todos os portugueses”. Uma candidatura de união, mudança e esperança num futuro melhor que pretende corrigir o que de mal foi feito em Portugal nas últimas décadas. Fernando Nobre, pai de quatro filhos, falou numa “juventude traída” quando lembrou os números do desemprego. “Temos de ultrapassar o problema do desemprego. 22 por cento dos jovens com menos de 25 anos são atingidos pelo desemprego, o que os leva a abandonar o país, uma vez que já não acreditam no seu futuro aqui”, lamentou. Esta candidatura “dos cidadão e do voluntariado” começou no sábado um périplo pelo país. “Até Dezembro vou percorrer Portugal de lés-a-lés. Quero ouvir os problemas das populações, aprofundar o conhecimento dos problemas sociais das pessoas, contactar de perto com as empresas, com as Câmaras Municipais e com os nossos jovens”, afirmou. Fernando Nobre salientou ainda a sua independência política. “Sou alguém isento. Nunca vivi da política. Nunca pertenci a nenhum partido. O que me preocupa é o futuro desta Nação que, actualmente, é insustentável”, disse. A ser eleito presidente da República, o candidato promete fazer-se ouvir; não aceitar quezílias nem divisões; trazer esperança à juventude; dar credibilidade à justiça, “que neste momento está doente”; dizer basta à degradação e à exclusão sociais. Quanto ao Vale do Sousa, Fernando Nobre mostrou-se conhecedor das dificuldades que marcam a região, prometendo tentar diminuir as assimetrias do país. Para isso deu dois exemplos: o das SCUT’s que, a serem portajadas, deviam ser todas ao mesmo tempo; e o da redistribuição das riquezas. O independente acredita que, num momento de crise como este, deviam ser os ricos a pagar mais a factura dos impostos. “Há salários obscenos e há reformas vergonhosas. Conheço uma viúva de Lousada, por exemplo, que tem uma pensão de 62 euros por mês. Não é justo que, com o aumento de impostos, todos tenham de pagar por igual. Quem tem mais riqueza devia pagar mais”, defendeu. Quanto à actuação do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, Fernando Nobre acusa-o de ter “exercido os seus poderes de forma minimalista. Ele devia ser mais interventivo e mais acutilante. Eu, a ser eleito, exercerei os meus poderes de forma maximalista”. Aos 58 anos de idade, Fernando Nobre caracteriza-se como uma “personalidade mundial que, para ter valor, não precisava de ser candidato presidencial. Já é uma pessoa com muito valor”, vincou José Henriques Soares na inauguração da sede de candidatura em Paredes. Também em Paredes estava um apoiante bem conhecido do panorama político concelhio. António Mendonça justificou, ao nosso jornal, o seu apoio a esta candidatura pelo facto de se tratar de “uma candidatura independente, como eu. O candidato é uma pessoa com um grande sentido humanitário e humanitarista. Uma característica importante para um futuro presidente da República”. Questionado sobre a possibilidade de Fernando Nobre vencer as eleições, Mendonça disse apenas que “quem elege é uma maioria de cidadãos independentes. Logo, tudo é possível”. Depois da inauguração da sede de Paredes, o candidato e os seus apoiantes visitaram a Feira. Logo depois rumaram a Lousada, onde almoçaram e inauguraram a sede de candidatura naquele município. Um município que conta com uma delegação da AMI. De seguida, o candidato visitou os Bombeiros Voluntários de Penafiel e os Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira. O dia terminou em Paredes, onde regressou para visitar a Santa Casa da Misericórdia e os Bombeiros Voluntários, onde decorreu o jantar. Aqui, e para terminar a sua visita ao Vale do Sousa, o independente acusou o adversário Manuel Alegre, de ter uma candidatura “apoiada por dois partidos, o Bloco de esquerda e o PS. Manuel Alegre invoca muitas vezes que é uma candidatura da cidadania. Acho que cada um tem de assumir exactamente o que é. Não se pode falar da cidadania por mero cálculo tacticista”, concluiu.

Jornal Progresso de Paredes.
14-09-2010

Anabela Machado

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