Fernando Nobre lamenta que ‘não se tenha conseguido criar um governo com um largo espectro’. Em entrevista exclusiva ao SAPO, o único candidato assumido à Presidência da República defendeu que ‘o país não pode ser governado atrás dos acontecimentos’.
A menos de um ano das eleições presidenciais, a candidatura de Fernando Nobre foi a única a ser publicamente assumida. Ao SAPO, disse que ‘está na corrida para vencer’ e tem já bem clara a mudança política que quer pôr em marcha quando chegar a Belém.
‘Qualquer primeiro-ministro pode contar com a minha cooperação’, admite Nobre – seja ele socialista ou social-democrata. O importante, diz o presidente e fundador da Amnistia Internacional, é mesmo manter o país ‘unido’.
Sem querer apontar responsabilidades, o candidato ‘supra-partidário’ (como o próprio faz questão de salientar) critica os partidos políticos por não se terem empenhado na tarefa de constituir um Governo de coligação, uma estrutura governamental alargada às várias formações políticas.
‘Não percebo porque é que, no nosso país, não se fazem coligações alargadas e não se implementem causas nacionais’, confessa Nobre: ‘o país não pode ser governado ano a ano atrás dos acontecimentos’.
É para implementar causas alargadas (aponta o exemplo de um ‘Portugal com desígnio marítimo’), que Fernando Nobre se candidata agora à Presidência da República. E esse pode ser mesmo um factor distintivo face ao concorrente Manuel Alegre: ‘gostava de saber que iniciativas tomou em 34 anos de mandato como deputado’.
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