quinta-feira, 29 de abril de 2010

Meus Amigos:

Dia 1 de Maio, no nosso jantar em Lisboa, afirmarei, entre outros vários aspectos fundamentais da minha Candidatura, a importância de termos, em Belém, e agora mais do que nunca dada a preocupante situação do País, um Presidente da República suprapartidário e que não se demita das suas responsabilidades, como garante, que é, do regular funcionamento das instituições e da dignidade do Estado.
Tal não está, infelizmente, a acontecer.
Mudança urgente é precisa em Portugal.
É por isso que me ergui e que aqui estou ao vosso lado pugnando por essa mudança.

AGORA, e SEMPRE, a decisão é VOSSA

Abraço do
Fernando Nobre

domingo, 25 de abril de 2010

"ONLINE Assinaturas" Link Aqui

Amigos...estamos a disponibilizar a possibilidade de preencher o formulário para a
recolha de assinaturas de forma ONLINE. Vai no Facebook e tens um link. ou faz Clik "sobre ONLINE Assinaturas" no Cabeçalho.
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sábado, 24 de abril de 2010

‘Sócrates contribuiu para descredibilizar o Governo’


Fernando Nobre não tem dúvidas: os sucessivos casos em que o primeiro-ministro, José Sócrates, se viu envolvido causaram estragos na governação socialista. ‘Sócrates contribuiu para descredibilizar o Governo’, diz o único candidato presidencial assumido até agora.
Para o fundador e presidente da Assistência Médica Internacional, os casos Freeport ou Face Oculta, bem como o alegado negócio de compra da TVI pela PT contribuíram para uma descredibilização do poder executivo, aumentando um sentimento de desconfiança face à classe política.
‘Existe uma desconfiança em relação à democracia’, defende Nobre. Para o candidato à Presidência da República, as pessoas estão ‘desacreditadas’ e ‘desalentadas’ - um sentimento que se arrasta já desde 2004: ano em que Durão Barroso abandonou a chefia do Governo para assumir a presidência da Comissão Europeia, ‘não contribuindo para a credibilização da classe política’.
Inquérito ao negócio PT/TVI
Com os trabalhos da Comissão de Inquérito ao alegado negócio de compra da TVI pela PT ainda em curso (e a marcar a agenda mediática), Nobre recusa contudo antecipar qualquer desfecho. ‘Vamos esperar pelas conclusões’, diz o candidato: ‘sempre soube desde pequenino que, com tantos «se’s», até conseguimos por Paris numa garrafa’.
E perante a possibilidade de se comprovar que o primeiro-ministro mentiu ao Parlamento quando disse aos deputados que não tinha conhecimento do negócio PT/TVI, Nobre coloca a responsabilidade nos ombros de José Sócrates: ‘trata-se de uma questão de consciência pessoal se se demite ou não’.
Defendendo ainda que a própria comunicação social empolou o assunto, Nobre entende ainda que seria ‘legítimo’ para ‘uma empresa como a PT querer ter uma participação numa televisão em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo’.
Nobre 'com vergonha' da situação actual
Com a economia portuguesa a ser comparada à situação grega, Nobre admite ter ‘vergonha da nossa situação’. E é para alimentar um sentimento de ‘esperança’ que decidiu concorrer à Presidência da República.
‘O país está numa situação grave’, disse o candidato presidencial ao SAPO: ‘Um médico faz um diagnóstico e propõe uma terapêutica, eu sou médico e vou curar o país da depressão’.
E está disposto a levar a corrida até ao fim? ‘A única razão que me levaria a desistir da candidatura era uma doença grave’, remata Nobre. Sozinho (por agora) na corrida a Belém, Fernando Nobre vai já marcando o ritmo da sua candidatura

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O INÍCIO

Sejam bem-vindos a este vosso blog, que será mais uma ferramenta de apoio à candidatura de Fernando Nobre à presidência da República:
No passado dia 19 de Fevereiro, FERNANDO NOBRE, apresentou formalmente a sua candidatura à Presidência da República Portuguesa, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
Fernando Nobre nasceu em Angola, mas os seus estudos e a sua carreira enquanto médico, decorreu na Bélgica. De facto, este é Doutorado em Medicina e Cirurgia pela Universidade Livre de Bruxelas. Iniciou a sua actividade humanitária em 1979 com os Médecins Sans Frontières em França e posteriormente na Bélgica.
Foi fundador e é Presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) desde 1984, tendo participado como médico cirurgião em mais de 200 missões de estudo, coordenação e de assistência médico-cirurgica humanitária, em cerca de 70 países.

A Fundação da Assistência Médica Internacional é uma instituição que reúne médicos, profissionais de saúde e outros voluntários, que têm como principais objectivos prestar ajuda, com o socorro a vítimas em situação de urgência e desastre e alertar consciências contra a intolerância e contra a indiferença – lutando contra a pobreza, exclusão social, subdesenvolvimento, fome e sequelas de guerra em qualquer parte do mundo. Para além das cinco delegações espalhadas por todo o país, a AMI está actualmente em 67 países, tendo entrado em Myanmar (antiga Birmânia) no passado mês de Maio.
No programa da RTP 1 "Os Grandes Portugueses" cuja votação final decorreu em Março de 2007, os cidadãos elegeram-no como o 25º Grande Português de sempre. Este lugar na história, superou a classificação de nomes como Cavaco Silva, José Sócrates, Jorge Sampaio, ou Belmiro de Azevedo e Rosa Mota. De facto, só nomes como D. Afonso Henriques, ou António de Oliveira Salazar (1º lugar), Mário Soares ou Sá Carneiro, superaram a sua votação.
Esta é de facto a primeira grande candidatura oriunda da sociedade civil. Uma candidatura contra o estado de desgraça da classe política. Uma candidatura que pode ser o "clic" para a sociedade perceber que pode e deve mudar alguma coisa e fazer com que, os partidos políticos que estão concentrados em si próprios e nos seus interesses, completamente afastados dos cidadãos, também façam alguma coisa. Estes ,estão continuamente envoltos em esquemas e decisões nebulosas, todos eles. Não há dia ou hora, que não surja uma notícia mais de algo pouco claro e transparente e que levanta claras dúvidas à opinião pública.
É chegado o momento dos cidadãos se movimentarem, se aglutinarem em projectos seus e em defesa dos seus interesses.
A candidatura de um cidadão exemplar, um humanista profundo e que sabe perceber as dificuldades e as agruras da vida, nos mais diversos contextos, deve ser tida por nós como um pronúncio de tudo aquilo que nós podemos conseguir mudar.
Queres aderir ao Núcelo de Paredes de apoio à candidatura de FERNANDO NOBRE (fernandonobreparedes.blogspot.com)?

Obrigado e até breve,
José Henriques Soares

Fernando Nobre: Cavaco Silva 'deixou Portugal pior'

Fernando Nobre acredita que, no final de quatro anos na Presidência da República, Cavaco Silva deixou ‘Portugal bem pior do que quando começou’. Em entrevista exclusiva ao SAPO, o único candidato assumido às presidenciais de 2011 culpa Belém pelo estado do país.
Dois meses depois de ter anunciado a sua candidatura a Belém, Fernando Nobre garante que está na corrida eleitoral ‘para vencer’. A contagem decrescente para as presidenciais já começou e por isso, em entrevista ao SAPO, não poupou críticas um dos possíveis adversários na corrida eleitoral: Cavaco Silva.
Crítico da situação de ‘desgoverno’ a que o país chegou, Fernando Nobre não recusa as responsabilidades do Governo socialista na actual situação do país, mas culpa sobretudo Cavaco Silva: ‘é Presidente da República há quatro anos e deixa Portugal bem pior do que quando começou’.
‘Estamos numa situação em que o normal funcionamento do Estado não está a funcionar e isso também por culpa do senhor Presidente da República’, defende Nobre, avançando até com um exemplo: ‘termos tido eleições separadas prejudicou o calendário de Estado’ no que toca, por exemplo, à aprovação do Orçamento de Estado.
Belém e São Bento
Se, durante quatro anos, Belém e São Bento apregoaram a necessidade de uma cooperação estratégica entre ambos, diz Fernando Nobre que essa cooperação ‘se degradou’, ainda que seja suposto que ambos ‘trabalhem em sinergia’. Uma vez mais, Nobre aponta o dedo a Cavaco Silva, por se ter deixado envolver no debate partidário.
‘O presidente tem de ser efectivamente supra-partidário. Se eu fosse jogardor do Benfica ou do Sporting durante 20 anos, e depois passo a árbitro, não vou ser objectivo. São fenómenos humanos’, disse Nobre.
A polémica em torno das alegadas escutas a Belém serve de exemplo? O candidato presidencial concorda: ‘Se o o PR tinha a certeza que estava a ser escutado pelo PM só podia fazer uma coisa que quera demitir o PM – com desconfiança no topo do Estado não há governação possível. Se não tinha a certeza, tinha de ficar silencioso’.
Vaklav, Alegre e Cavaco
Com a visita de Cavaco Silva à República Checa ainda viva na memória, Fernando Nobre critica também a actuação do chefe de Estado por não ter reagido aos comentários feitos pelo seu homólogo checo Václav Klaus: ‘o Presidente checo fez considerações ofensivas sobre a economia portuguesa. Eu não permitiria a nenhum dos meus homólogos falar mal do meu país’, defendeu Nobre.
Apesar da marcação cerrada a Cavaco, Fernando Nobre guarda também ‘farpas’ para Manuel Alegre, que deverá formalizar a sua candidatura à Presidência da República no final do mês.
Para o candidato, se há culpas a atribuir pelo actual rumo do país, elas devem ser repartidas pelos dois ‘putativos candidatos’. Afinal de contas, diz Nobre: ‘Alegre e Cavaco estão na política há mais anos do que eu. Têm mais responsabilidades do que eu’.

Fernando Nobre lamenta inexistência de ‘coligações alargadas’

Fernando Nobre lamenta que ‘não se tenha conseguido criar um governo com um largo espectro’. Em entrevista exclusiva ao SAPO, o único candidato assumido à Presidência da República defendeu que ‘o país não pode ser governado atrás dos acontecimentos’.
A menos de um ano das eleições presidenciais, a candidatura de Fernando Nobre foi a única a ser publicamente assumida. Ao SAPO, disse que ‘está na corrida para vencer’ e tem já bem clara a mudança política que quer pôr em marcha quando chegar a Belém.
‘Qualquer primeiro-ministro pode contar com a minha cooperação’, admite Nobre – seja ele socialista ou social-democrata. O importante, diz o presidente e fundador da Amnistia Internacional, é mesmo manter o país ‘unido’.
Sem querer apontar responsabilidades, o candidato ‘supra-partidário’ (como o próprio faz questão de salientar) critica os partidos políticos por não se terem empenhado na tarefa de constituir um Governo de coligação, uma estrutura governamental alargada às várias formações políticas.
‘Não percebo porque é que, no nosso país, não se fazem coligações alargadas e não se implementem causas nacionais’, confessa Nobre: ‘o país não pode ser governado ano a ano atrás dos acontecimentos’.
É para implementar causas alargadas (aponta o exemplo de um ‘Portugal com desígnio marítimo’), que Fernando Nobre se candidata agora à Presidência da República. E esse pode ser mesmo um factor distintivo face ao concorrente Manuel Alegre: ‘gostava de saber que iniciativas tomou em 34 anos de mandato como deputado’.

'Não quero ir pelas tricas e pela rasteirice'

A menos de um ano das eleições presidenciais, Fernando Nobre esteve no SAPO onde falou sobre os motivos que o levaram a avançar com uma candidatura à Presidência da República. O único candidato assumido às eleições de 2011 respondeu também às perguntas dos utilizadores.
Algumas das frases-chave da entrevista ao SAPO:
'A apatia não é digna de Portugal';
'Estou nesta candidatura para vencer – não quero ir pelas tricas e pela rasteirice'.
'Vou conseguir diminuir a abstenção – conto com pessoas que já não contavam que houvesse qualquer perspectiva para Portugal'
'Eu sou português e sou europeu – quero ver Portugal respeitado na Europa'
'Quando um presidente checo faz afirmações ofensivas sobre a nossa economia, eu não aceito. Eu teria reagido'.
'Gostava de saber que iniciativas o Manuel Alegre tomou em 34 anos de mandato como deputado. Cavaco Silva é PR há 4 anos e deixa Portugal bem pior do que quando começou'.
'Ajudar a dinamizar as empresas implica impor regras de regulação e de fiscalização. Não podemos ter um Estado ausente'.
'Estamos numa situação em que o nornal funcionamento do Estado não está a funcionar e isso também por culpa do senhor PR – termos tido eleições separadas prejudicou o calendário de Estado'.
'Qualquer 1º Ministro pode contar com a minha cooperação, porque precisamos de estar unidos.Não percebo porque é que no nosso país não se fazem coligações alargadas e se implementam causas nacionais'.
'Lamento que não se tenha conseguido criar um governo com um largo espectro'.
''O presidente tem de ser efectivamente supra-partidário. Se eu fosse jogardor do Benfica ou do Sporting durante 20 anos, e depois passo a árbitro, não vou ser objectivo. São fenómenos humanos.'
'Se o o PR tinha a certeza de que estava a ser escutado pelo PM só podia fazer uma coisa que quera demitir o PM – com desconfiança no topo do Estado, não há governação possível. Se não tinha a certeza, tinha de ficar silencioso'
'A minha candidatura só é possível com as novas redes. Sem o Facebook era impossível'.
'Acho legítimo que uma empresa como a PT pudesse querer ter uma participação numa televisão em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo'
'Não precisamos de um novo aeroporto – o tráfego aéreo está a diminui. Portela deveria ser para as linhas internacionais e Montijo para low cost'
'Se o TGV permite ganhar 20 minutos face ao Alfa, não vejo razão para o nosso país se endividar por um projecto com rentabilidade duvidosa'
'Que eu saiba sou o único candidato declarado –e há 4 anos quando o PS tinha um candidato oficial, isso não impediu Manuel Alegre de se candidatar e dividir o partido'
'Isso foram foguetes que foram lançados. Se alguém vem dividir é quem vem depois de mim e ainda não vi nenhum'.
'Tenho o objectivo determinado de não perder a minha alma e de não deixar de ser quem sou'.
'No campo humanitário, em Portugal, sou perito número 1, no campo da política global, sei defender-me no campo da política rasteira'.

‘Se o PS me apoiar, aceitarei’

Até agora, é o único candidato assumido à Presidência da República. Fernando Nobre diz que a sua candidatura é ‘supra-partidária’ e que não anda atrás de apoios de partidos políticos. Contudo, diz que aceitará o apoio do PS, se os socialistas virem nele o seu candidato.
A menos de um ano das eleições presidências, Fernando Nobre continua a ser o único candidato na corrida a Belém. O histórico socialista Manuel Alegre deverá formalizar a sua candidatura no final do mês e, antes do Verão, dificilmente Cavaco Silva quebrará o tabu de uma eventual recandidatura à Presidência.
Até lá, o presidente e fundador da Assistência Médica Internacional vai esperando, mas desafia os ‘putativos candidatos’ a tomarem posição. Em entrevista exclusiva ao SAPO, disse esperar que ‘os outros dois candidatos apresentem a candidatura o mais rápido possível’.
Quando apresentou a sua candidatura há dois meses, Fernando Nobre assumiu que a sua candidatura será supra-partidária, partindo para a corrida, apenas como um cidadão português: “Não vou para Belém amarrado, submetido seja a quem for. Eu quero ir livre para Belém’.
E a cidadania parece ser mesmo o mote dominante do discurso do candidato presidencial. Em 2006, foi Manuel Alegre quem se socorreu dessa bandeira, quando decidiu concorrer a Belém, apoiado pelo Movimento de Intervenção e Cidadania. Nobre rejeita qualquer semelhança: “Manuel Alegre quer hoje apoios partidários e o movimento de cidadania foi circunstancial”.
Esquerda dividida
Há quatros atrás, Manuel Alegre concorreu contra o candidato proposto pelo seu próprio partido (PS): Mário Soares. Na altura, foi acusado por muitos militantes de dividir o eleitorado socialista, o que viria a custar uma derrota eleitoral ao partido.
Hoje, com Manuel Alegre de novo na corrida e o Partido Socialista à procura de candidato, perguntamos a Fernando Nobre não é ele quem se arrisca a dividir o eleitorado de esquerda. Responde com alguma irritação: ‘Que eu saiba sou o único candidato declarado’, diz Nobre: ‘Se alguém vem dividir é quem vem depois de mim e ainda não vi nenhum’.
Apoio socialista
As 'farpas' reservadas a Manuel Alegre não terminam: ‘Estar disponível, à espera de apoios não é comigo’, disse Nobre. E se Alegre ambiciona até o apoio dos socialistas, o mesmo não diz Fernando Nobre, ainda que não exclua tal cenário: ‘não solicitei [o apoio do PS], não solicito, mas se o PS me apoiar, aceitarei’.
Para que não restem dúvidas quanto ao cunho supra-partidário da sua candidatura, acrescenta: ‘Alegre dividiu o eleitorado socialista há quatro anos. Eu vou atravessar o espectro partidário’, diz o candidato.
E apesar da marcação cerrada a Manuel Alegre e a Cavaco Silva, Nobre promete elevação na sua campanha eleitoral: ‘não me interessam tricas e rasteirices’.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante a sua longa carreira politica.
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo em Paris.
A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu, o processo de descolonização.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.
A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".
A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.
A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.
A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.
A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.
A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume no caso Emaudio e no caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.
A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "Contos Proibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume às "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).
A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.
A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.
A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.
A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.
A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente no incêndio dos Paços do Concelho.
A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a cinco milhões de Euros.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de dois milhões e meio de Euros, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.
A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na... Fundação Mário Soares.
A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.
A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era claro está... João Soares.
A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do "Público", José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.
A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates "o pior do guterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieira na "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai... e não volta mais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

FAÇAMOS DE CONTA QUE…!

FAÇAMOS DE CONTA QUE…!
Façamos de conta que a candidatura de Manuel Alegre emana da sociedade civil. E que ele não foi, durante os últimos 35 anos, um político activo, militante de um partido, dirigente partidário, governante e deputado. Façamos de conta que Manuel Alegre está à esquerda de Sócrates e que recusou ser deputado para não avalizar a política não socialista do primeiro-ministro e, não por razões de interesse pessoal, concretamente para preparar o caminho para a Presidência da República. E que, portanto, Alegre nunca esteve ao lado do líder do PS na última campanha eleitoral. Façamos de conta que Alegre jamais dividiu a Esquerda e mesmo o PS e que, por assim ser, não se apresentou, na anterior corrida a Belém, contra Mário Soares, o candidato apoiado pelo seu partido e velho amigo de muitos anos. E que, por isso mesmo, tem moral para falar de candidaturas que dividem, referindo-se seja a quem for.
Façamos de conta que Alegre está, e sempre esteve, ao lado dos trabalhadores e que, por assim ser, enquanto membro do I Governo Constitucional, nunca fechou "O Século", um dos mais velhos jornais portugueses, mandando centenas de trabalhadores para a rua, com pesados custos sociais.
Façamos de conta, finalmente, que Manuel Alegre está de tal forma empenhado numa sociedade mais equitativa que, enquanto caça e pesca como um bem instalado burguês, recusa acumular as duas reformas a que tem direito, uma como director da RDP (onde trabalhou "durante pouco tempo", segundo ele próprio) e outra como subvenção vitalícia do Estado, e aceita receber apenas uma delas.
Ou então, sejamos lúcidos e percebamos que, até ao momento, da sociedade civil só se apresentou Fernando Nobre como candidato a presidente da República. E esse, sim, é um homem livre, independente e solidário, como a sua AMI documenta sem margem para dúvidas. A cidadania revê-se nele. Que bom seria

candidatura de Fernando Nobre

domingo, 11 de abril de 2010

Presidenciais

Nobre soma apoios no PS
O presidente da Câmara de Beja, o socialista Jorge Pulido Valente, disse que vai apoiar a candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República, considerando que Manuel Alegre «não tem o perfil indicado»

«O meu apoio vai certamente para a candidatura de Fernando Nobre», afirmou o autarca, justificando a escolha com «todo o percurso pessoal e profissional» do candidato, também presidente da Assistência Médica Internacional (AMI).
«Na situação em que nos encontramos, o país e o mundo, Fernando Nobre é a pessoa que melhor pode desempenhar o papel de Presidente da República, numa perspectiva de afirmação de um novo modelo de desenvolvimento», defendeu.
Jorge Pulido Valente, militante do PS e que nas últimas eleições autárquicas conquistou a Câmara de Beja, acabando com o domínio comunista de 33 anos, garantiu que vai manter o apoio à candidatura de Fernando Nobre mesmo que o seu partido apresente um candidato próprio ou apoie Manuel Alegre. «Não vejo que haja no panorama político actual um candidato que reúna as condições que Fernando Nobre reúne para o exercício do cargo de Presidente da República», disse, frisando que «não é possível, neste momento, aparecer um outro candidato igual ou melhor».
O ex presidente da Câmara Municipal de Abrantes Nelson Carvalho é também um dos apoios declarados de militantes socialistas do distrito de Santarém à candidatura de Fernando Nobre à presidência da República.
Nelson Carvalho disse que pertence «à categoria dos que no PS não vêem com bons olhos» um apoio à candidatura de Manuel Alegre, considerando que este «não é solução» nem é «o melhor candidato».
Entendendo que Manuel Alegre se «antecipou», ocupando o espaço de uma candidatura socialista e limitando a margem de manobra do partido, o ex autarca considera que os valores de cidadania que o político/poeta reivindica são mais bem corporizadas na figura de Fernando Nobre.
Fernando Nobre «dá aos valores da cidadania uma projecção que Manuel Alegre nunca deu», afirmou, sublinhando que o médico presidente da AMI tem um projecto de futuro enquanto Alegre, que «nunca lutou por qualquer causa, além de ter sido deputado, e mesmo assim nada de especial», é «claramente uma referência do passado».
Também o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, o socialista António Rodrigues, não esconde a identificação com «os princípios de cidadania, lusofonia e valores históricos de Portugal» representados por Fernando Nobre, mas prefere aguardar por uma tomada de posição do partido.
Sublinhando que nunca apoiará Manuel Alegre, António Rodrigues afirmou que não se vai precipitar, não escondendo, contudo, a grande identificação com a «experiência de vida fantástica» e os valores defendidos por Fernando Nobre.
Entre os militantes socialistas no distrito que já declararam apoio a Fernando Nobre contam-se, entre outros, José Lérias, da concelhia do Entroncamento e membro da comissão política distrital.
Lérias disse que comunicou à distrital o seu apoio a Fernando Nobre, por não se identificar «minimamente» com Manuel Alegre, que no seu entender se adiantou «propositadamente para acorrentar o PS».
Frisando que na candidatura à presidência da República «os partidos contam muito pouco», Lérias sublinhou o «percurso de cidadania fantástico» de Fernando Nobre.
A comissão de apoio à candidatura de Fernando Nobre em Santarém vai ter a sua primeira reunião de âmbito distrital no próximo dia 23, no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Santarém. Questionado pela Lusa sobre os apoios de militantes socialistas à candidatura de Fernando Nobre, o presidente da federação distrital do PS, Paulo Fonseca, disse desconhecer esses apoios e não ter ele próprio tomado ainda posição neste processo eleitoral.

domingo, 4 de abril de 2010

Boas Razões para apoiar Fernando Nobre

A candidatura de Fernando Nobre é muito mais do que uma “pedrada no charco” de uma democracia representativa adormecida e colonizada pela partidocracia

A minha decisão de apoiar Fernando Nobre é um acto de liberdade, de consciência e de vontade na criação de um movimento social que contribua para mais qualidade para a nossa democracia.

O meu apoio também não se reduz ao facto de ser português. Portugueses afinal são todos os que vivem e trabalham em Portugal, independentemente da sua cor e da sua nacionalidade de origem. O meu apoio a Fernando Nobre decorre também da minha militância no PSD e de querer para o meu País mudanças que apontem num sentido de mais democracia, de mais Justiça Social, de mais liberdades, de mais Justiça na Economia!

Considero que Fernando Nobre no seu apelo à iniciativa social e cidadã pode abrir caminho para essas mudanças. Porque um Presidente da Republica também é um sujeito activo que pode influenciar uma nova geração de políticas de mudanças social, política, económica e cultural. Esta candidatura tem de se construir com esforço na angariação de assinaturas , mas também, com o sentido de que é preciso, desde já, saber influenciar com ideias, propostas e programas que mobilizem!

Obrigado e até breve,
José Henriques Soares

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Já é conhecido este discurso no lll Congresso Nacional dos Economistas, na Madeira, mas nessa altura o Presidente da AMI ainda não era candidato à Presidência da República, pelo que faz todo o sentido dá-lo à estampa aqui no Blog. Se é verdade que uma parte da plateia o ovacionou de pé outra houve, constituída por jovens “turcos”, que tentou ridicularizar o que eles acharam ser conversa demagógica. Para esta gente a pobreza dos mais fracos é demagogia, como é demagogia verberar os vencimentos milionários de boys e girls!
Dr. Fernando Nobre
“Temos 40% de pobres”
III Congresso Nacional de Economistas
O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou “completamente intolerável” que exista quem viva “com pensões de 300 ou menos euros por mês”, e questionou toda a plateia se “acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?”
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar “que exista quem viva com 450 euros por mês”, apontando que se sente envergonhado com “as nossas reformas”.
“Os números dizem 18% de pobres… Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforma e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha…” disse ainda.
“Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir…. algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes… e com razão”, salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que “pensem mais do que dois minutos em tudo isto”. Para Fernando Nobre “não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma”, criticou, garantindo que a sociedade “não vai aceitar que tudo fique na mesma”.
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. “Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado”, citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: “Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais“.
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que “acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros… Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis”.

Obrigado e até breve,
José Henriques Soares