quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Num roteiro de proximidade Fernando Nobre voltou a Paredes

Dois meses depois de ter inaugurado a sua sede de campanha em Paredes, a 11 de Setembro, Fernando Nobre voltou ao concelho no âmbito de uma visita que fez ao Vale do Sousa. Visita essa que esteve inserida no seu roteiro de proximidade que está a levar o candidato independente à presidência da República a percorrer todo o país. A sua segunda passagem por Paredes aconteceu hoje, dia 11 de Novembro, quinta-feira.

O médico e cirurgião Fernando Nobre esteve no Vale do Sousa, onde visitou Paredes, Paços de Ferreira, Lousada e Penafiel, para ver de perto a situação real do país. Uma situação que o entristece, pois vê com muita frequência pessoas para quem a sobrevivência é uma luta diária. Em declarações ao nosso jornal, o candidato a presidente da República revelou que neste périplo que está a levar a cabo por todos os distritos do pais “tenho sentido um profundo desalento e um grande desacreditar por parte dos portugueses. Muitos sentem que regressamos ao tempo dos nossos pais e dos nossos avós”. Os idosos “queixam-se das suas parcas reformas. Reformas que alguns ainda vão completando com pequenos trabalhos”, disse, acrescentando ainda que os estudantes “sentem falta de horizontes e de emprego em Portugal. Por isso, muitos deles vêm-se obrigados a emigrar em busca de novas oportunidades”. Por onde tem passado, Fernando Nobre tem encontrado, aqui e ali, “nichos de micro e pequenas empresas de biotecnologia”. Empresas empreendedoras e inovadoras, com perspectivas de crescimento, que têm beneficiado dos apoios do QREN. Apoios esses que, “com os cortes orçamentais de hoje, comprometem a continuidade desses projectos”, lamenta o também presidente da AMI – Assistência Médica Internacional. Fernando Nobre sente-se incomodado por saber que o país tem “muita matéria cinzenta”, que é como quem diz, muitos doutorados, que “estão dispostos a arriscar em Portugal. Mas se Portugal não lhes der condições eles vão procurar o seu destino noutros horizontes, o que vai empobrecer o país”. Para que Portugal tenha futuro, e um futuro sustentável e equilibrado, é necessário que “todos coloquemos os interesses do país acima dos interesses partidários e particulares”, reconheceu o candidato. Nobre mostrou-se consciente com a situação actual do país. “Uma situação preocupante. Um futuro incerto”, disse. Para que as coisas mudem, para melhor, é fundamental “dar alento e perspectivas aos portugueses. E quem melhor do que o presidente da República para o fazer? O presidente da República tem aqui um papel determinante de mobilizador e catalizador de boas votantes, tendo em vista a paz social do país”. Com os indicadores a prever a entrada do país numa “recessão”, com o inevitável “aumento do desemprego e da pobreza”, é urgente “definir um eixo estratégico para a nossa economia”, lembrou Fernando Nobre, que defende ser importante ter em Belém “um cidadão com sensibilidade social. Alguém que veja pessoas e não veja apenas números”.

11-11-2010 Jornal Progresso de Paredes
Anabela Machado

Sem comentários:

Enviar um comentário