“Ninguém tem a capacidade de tocar na minha dignidade”
Fernando Nobre
Paços de Ferreira, 11 nov (Lusa) - O candidato à Presidência da República, Fernando Nobre, disse hoje em Paços de Ferreira que “ninguém tem a capacidade" de tocar na sua dignidade.
“No dia 23 de janeiro (data das eleições presidências) sairei com a mesma dignidade com que entrei nesta candidatura, porque ninguém terá capacidade para tocar a minha dignidade, porque não permito, não autorizo”, afirmou, vincando que “só ofende quem pode e não quem quer”.
Falando à Lusa à margem de uma visita que está hoje a realizar à região o Vale do Sousa, afirmou que as últimas sondagens em relação à sua candidatura “são encorajadoras”, tendo em conta que nunca se tinha “abalançado para um desafio político”.
“Eu acho que muita água vai correr e a única sondagem será a das urnas. Sairei com o sentimento do dever cumprido, porque é a primeira vez na história da República que um cidadão português, que nunca esteve em funções de Estado ou num partido político, ousa candidatar-se e será candidato”, considerou.
Fernando Nobre admitiu que tem encontrado nesta candidatura “dificuldades de sistema, económicas e de divulgação”.
Observou também que “por uma vez na nossa história o povo português tem uma opção diferente por onde escolher".
“Continuar com mais do mesmo ou ousar uma mudança radical”, disse.
O candidato presidencial também se mostrou preocupado com as últimas notícias sobre as taxas de juro que o país está a suportar para se endividar nos mercados internacionais. Questionado sobre a possível intervenção do FMI em Portugal, defendeu que “não se deve definir metas quanto a chamá-lo ou não”.
“Se as coisas tiverem de acontecer vão acontecer. Não temos de gritar ao lobo, porque de tanto gritar, no dia em que o lobo surgir, já ninguém vai acreditar”, observou.
Para o candidato, “é tempo de Portugal se centrar mais nas questões económicas do que financeiras”.
“Talvez fosse bom recentrar-se na questão económica e traçar para o país uma estratégia, um desígnio económico que passa pela valorização das micro, pequenas e médias empresas, porque é aí que está 80 por cento da mais valia económica do país e da força laboral”, defendeu Fernando Nobre.
Apontando o exemplo de recuperação da indústria na região do Vale do Sousa, apelou ao Governo e à banca no sentido de serem “dados mecanismos legais e financeiros” para que as empresas possam crescer e criar emprego.
“Só assim Portugal poderá recuperar das dificuldades atuais”, anotou.
Fernando Nobre está hoje no Vale do Sousa, com passagens pelos concelhos de Paredes, Paços de Ferreira, Lousada e Penafiel.
Tâmega online 11/11/2010
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