quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fernando Nobre avisa que «ninguém tem capacidade» para tocar a sua dignidade

Fernando Nobre avisa que «ninguém tem capacidade»
para tocar a sua dignidade
O candidato presidencial desvaloriza sondagens e afirma que muita «água vai correr e a única sondagem será a das urnas»
O candidato à Presidência da República, Fernando Nobre, disse hoje em Paços de Ferreira que «ninguém tem a capacidade» de tocar na sua dignidade.
«No dia 23 de Janeiro (data das eleições presidências) sairei com a mesma dignidade com que entrei nesta candidatura, porque ninguém terá capacidade para tocar a minha dignidade, porque não permito, não autorizo», afirmou, vincando que «só ofende quem pode e não quem quer».
Falando à Lusa à margem de uma visita que está hoje a realizar à região o Vale do Sousa, afirmou que as últimas sondagens em relação à sua candidatura «são encorajadoras», tendo em conta que nunca se tinha «abalançado para um desafio político».
«Eu acho que muita água vai correr e a única sondagem será a das urnas. Sairei com o sentimento do dever cumprido, porque é a primeira vez na história da República que um cidadão português, que nunca esteve em funções de Estado ou num partido político, ousa candidatar-se e será candidato», considerou.
Fernando Nobre admitiu que tem encontrado nesta candidatura «dificuldades de sistema, económicas e de divulgação».
Observou também que «por uma vez na nossa história o povo português tem uma opção diferente por onde escolher».
«Continuar com mais do mesmo ou ousar uma mudança radical», disse.
O candidato presidencial também se mostrou preocupado com as últimas notícias sobre as taxas de juro que o país está a suportar para se endividar nos mercados internacionais. Questionado sobre a possível intervenção do FMI em Portugal, defendeu que «não se deve definir metas quanto a chamá-lo ou não».
«Se as coisas tiverem de acontecer vão acontecer. Não temos de gritar ao lobo, porque de tanto gritar, no dia em que o lobo surgir, já ninguém vai acreditar», observou.
Para o candidato, «é tempo de Portugal se centrar mais nas questões económicas do que financeiras».
«Talvez fosse bom recentrar-se na questão económica e traçar para o país uma estratégia, um desígnio económico que passa pela valorização das micro, pequenas e médias empresas, porque é aí que está 80 por cento da mais valia económica do país e da força laboral», defendeu Fernando Nobre.
Apontando o exemplo de recuperação da indústria na região do Vale do Sousa, apelou ao Governo e à banca no sentido de serem «dados mecanismos legais e financeiros» para que as empresas possam crescer e criar emprego.
«Só assim Portugal poderá recuperar das dificuldades actuais», anotou.
Fernando Nobre está hoje no Vale do Sousa, com passagens pelos concelhos de Paredes, Paços de Ferreira, Lousada e Penafiel.

Jornal - IOL 11/11/2010

Sem comentários:

Enviar um comentário