Candidato concorda com Cavaco Silva quando disse que «tem havido ruído a mais» na praça pública
O candidato à Presidência da República Fernando Nobre pediu «recato» aos responsáveis governamentais, concordando com o actual Presidente da República, Cavaco Silva, em que «tem havido ruído a mais» na praça pública.
«Acho que estamos numa situação em que estamos particularmente a ser escutados, escrutinados, e que algum recato se impõe», afirmou Fernando Nobre à Lusa, quando confrontado com as declarações do ministro das Finanças.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou ao Financial Times que havia um risco «elevado» de Portugal recorrer ao apoio financeiro da União Europeia, tendo depois dito em Bruxelas que Portugal vai continuar a financiar-se nos mercados internacionais e afastou o recurso ao fundo europeu de apoio às finanças.
Fernando Nobre ouviu com «perplexidade» que sejam proferidos «dois discursos, ou mais, completamente dissonantes».
«Estamos numa fase do país em que os responsáveis pela área económico-financeira quanto menos falarem, melhor será», sustentou, desvalorizando que o actual Presidente da República, Cavaco Silva, tivesse expressado uma posição semelhante.
«Há assuntos que se discutem em privado e só depois de se terem encontrado as efectivas e correctas soluções é que tem que vir para a praça pública. Acho que tem havido ruído a mais no nosso país», acrescentou Fernando Nobre.
O Presidente da República escusou-se na segunda-feira a comentar as declarações do ministro das Finanças sobre o risco «elevado» de Portugal recorrer ao apoio financeiro da União Europeia, alegando que Presidente da República, Cavaco Silva, «já existem palavras a mais na vida pública».
Pedro Passos Coelho concordou com o Presidente da República e reiterou que oPSD não tem qualquer interesse em fazer declarações que tragam «cenários de crise» .
Agencia Financeira/Portvi24 2010-11-16
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