terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O relógio de cuco


No seu grande solilóquio em "O Terceiro Homem", Orson Welles dizia que a Renascença, as guerras e os envenenamentos tinham permitido o surgimento de Michelangelo e de Leonardo Da Vinci.
Na Suíça, pelo contrário, 400 anos de paz criaram o relógio de cuco.
Em Portugal chegámos ao fim de um período de paz podre. A eleição de Cavaco Silva inicia um novo ciclo político, típico de um país que não nada em prosperidade. A elite vai entreter-se a discutir se Sócrates sobrevive à crise financeira e se teremos eleições antecipadas e um novo Governo, fruto da união de esforços entre Passos Coelho e Paulo Portas.

Mas estas presidenciais destaparam a caixa de Pandora. As votações de Fernando Nobre e de José Manuel Coelho mostram que há um eleitorado que já não se revê na árvore das Patacas de interesses que alimentam este regime. A crise económica só alargará essa franja excluída, principalmente a nível dos mais jovens. Se Nobre, fascinado pela sua "vitória", poderá ser tentado por um salto mortal: entrar a sério na política. Onde a ética servirá como guarda-chuva de todas as ambições. José Manuel Coelho é outro caso: foi um voto de protesto e não apenas na Madeira. Ficou aberta uma janela que poderá constipar esta democracia. Se os partidos políticos não descerem à Terra, e não escutarem uma sociedade esgotada e desencantada, arriscam-se a criar um deserto à sua volta, onde poderão florir projectos de ruptura radical com o sistema. O tempo das horas incertas chegou. No Portugal da paz podre não nascem relógios de cuco nem Da Vincis. Cresce uma explosiva frustração.

25 Janeiro2011

Fernando Sobral - fsobral@negocios.pt
Fernando  Sobral

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nobre sente-se "ganhador" e vai continuar "atento" ao país


Nobre sente-se "ganhador" e vai continuar "atento" ao país
23 de Janeiro de 2011, 22:32
Fernando Nobre afirmou neste domingo ter conseguido um “resultado histórico” numa candidatura que mostrou que “a cidadania portuguesa está viva e recomenda-se".
Com mais de meio milhão de votos e sem o apoio de nenhum partido, Fernando Nobre considerou-se um “ganhador”.
“Saio destas eleições como sempre afirmei, de cabeça erguida com a mesma dignidade com que entrei”, declarou o candidato perante cerca de uma centena de apoiantes em Lisboa, no hotel onde acompanhou a noite eleitoral.
O candidato aproveitou o momento para voltar a criticar os meios de comunicação social pela falta de cobertura da sua campanha e as empresas de sondagens nacionais.
“Esta candidatura teve que vencer contra um silenciamento quase sistemático da comunicação social e contra uma manipulação quase sistemática de todas as empresas de sondagem em Portugal”, sentenciou Nobre.
O fundador da Assistência Médica Internacional - AMI disse que vai continuar atento a Portugal. “Nunca me negarei a expressar a minha opinião sempre que entenda dever fazê-lo”, afirmou.
Fernando Nobre fez ainda um apelo para que os todos os portugueses se unam e lutem para retirar o país “desta tragédia”, para que daqui a cinco anos possa estar melhor.

sábado, 22 de janeiro de 2011

OS CINCO CAVACOS...!

Cavaco Silva apresenta hoje a sua recandidatura. Foi ministro quando eu tinha 11 anos.

Pode sair da Presidência quando eu tiver 46.

Ele é o maior símbolo de tantos anos perdidos. E aqui se fala das suas cinco encarnações.

Sem contar com a sua breve passagem pela pasta das Finanças, conhecemos cinco cavacos.

Mas todos os cavacos vão dar ao mesmo.

O primeiro Cavaco foi primeiro-ministro.

Esbanjou dinheiro como se não houvesse amanhã.

Desperdiçou uma das maiores oportunidades de deste País no século passado.

Escolheu e determinou um modelo de desenvolvimento que deixou obra mas não preparou a nossa economia para a produção e a exportação. O Cavaco dos patos bravos e do dinheiro fácil. Dos fundos europeus a desaparecerem e dos cursos de formação fantasmas. O Cavaco do Dias Loureiro e do Oliveira e Costa num governo da Nação. Era também o Cavaco que perante qualquer pergunta complicada escolhia o silêncio do bolo rei.

Qualquer debate difícil não estava presente, fosse na televisão, em campanhas, fosse no Parlamento, a governar.

Era o Cavaco que perante a contestação de estudantes, trabalhadores, polícias ou utentes da ponte sobre o Tejo respondia com o cassetete.

O primeiro Cavaco foi autoritário.

O segundo Cavaco alimentou um tabu: não se sabia se ficava, se partia ou se queria ir para Belém. E não hesitou em deixar o seu partido soçobrar ao seu tabu pessoal. Até só haver Fernando Nogueira para concorrer à sua sucessão e ser humilhado nas urnas. A agenda de Cavaco sempre foi apenas Cavaco. Foi a votos nas presidenciais porque estava

plenamente convencido que elas estavam no papo. Perdeu.

O País ainda se lembrava bem dos últimos e deprimentes anos do seu governo, recheados de escândalos de corrupção. É que este ambiente de suspeita que vivemos com Sócrates é apenas um remake de um filme que conhecemos.

O segundo Cavaco foi egoísta.

O terceiro Cavaco regressou vindo do silêncio. Concorreu de novo às presidenciais. Quase não falou na campanha. Passeou-se sempre protegido dos imprevistos. Porque Cavaco sabe que Cavaco é um bluff. Não tem pensamento político, tem apenas um repertório de frases feitas muito consensuais. Esse Cavaco paira sobre a política, como se a política não fosse o seu ofício de quase sempre. Porque tem nojo da política. Não do pior que ela tem: os amigos nos negócios, as redes de interesses, da demagogia vazia, os truques palacianos. Mas do mais nobre que ela representa: o confronto de ideias, a exposição à critica impiedosa, a coragem de correr riscos, a generosidade de pôr o cargo que ocupa acima dele próprio. Venceu, porque todos estes cavacos representam o nosso atraso. Cavaco é a metáfora viva da periferia cultural, económica e politica que somos na Europa.O terceiro Cavaco é vazio.

O quarto Cavaco foi Presidente. Teve três momentos que escolheu como fundamentais para se dirigir ao País: esse assunto que aquecia tanto a Nação, que era o Estatuto dos Açores; umas escutas que nunca existiram a não ser na sua cabeça sempre cheia de paranóicas perseguições; e a crítica à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo que, apesar de desfazer por palavras, não teve a coragem de vetar.

O quarto Cavaco tem a mesma falta de coragem e a mesma ausência de capacidade de distinguir o que é prioritário de todos os outros.

Apesar de gostar de pensar em si próprio como um não político, todo ele é cálculo e todo o cálculo tem ele próprio como centro de interesse.

Este foi o Cavaco que tentou passar para a imprensa a acusação de que andaria a ser vigiado pelo governo, coisa que numa democracia normal só poderia acabar numa investigação criminal ou numa acção política exemplar. Era falso, todos sabemos.

Mas Cavaco fechou o assunto com uma comunicação ao País surrealista, onde tudo ficou baralhado para nada se perceber.

Este foi o Cavaco que achou que não devia estar nas cerimónias fúnebres do único prémio Nobel da literatura porque tinha um velho diferendo com ele. Porque Cavaco nunca percebeu que os cargos que ocupa estão acima dele próprio e não são um assunto privado.

Este foi o Cavaco que protegeu, até ao limite do imaginável, o seu velho amigo Dias Loureiro, chegando quase a transformar-se em seu porta-voz. Mais uma vez e como sempre, ele próprio acima da instituição que representa.

O quarto Cavaco não é um estadista.

E agora cá está o quinto Cavaco. Quando chegou a crise começou a sua campanha. Como sempre, nunca assumida.

Até o anúncio da sua candidatura foi feito por interposta pessoa. Em campanha disfarçada, dá conselhos económicos ao País.

Por coincidência, quase todos contrários aos que praticou quando foi o primeiro Cavaco.

Finge que modera enquanto se dedica a minar o caminho do líder que o seu próprio partido, crime dos crimes, elegeu à sua revelia. Sobre a crise e as ruínas de um governo no qual ninguém acredita, espera garantir a sua reeleição.

Mas o quinto Cavaco, ganhe ou perca, já não se livra de uma coisa: foi o Presidente da República que chegou ao fim do seu primeiro mandato com um dos baixos índices de popularidade da nossa democracia e pode ser um dos que será reeleito com menor margem.

O quinto Cavaco não tem chama.

Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos.

Quando chegou a primeiro ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26.

Quando foi eleito Presidente eu tinha 36.

Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política.

Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar.

Ele é a política em tudo que ela falhou.

É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.


8:00 Terça feira, 26 de Outubro de 2010







quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

AGENDA DE CAMPANHA DO NÚCLEO DO VALE DO SOUSA E TÃMEGA - ATUALIZAÇÃO

Atualização da nossa agenda de campanha "Paredes com Fernando Nobre":

. Dia 12, 4ª feira - Feira de Paredes e Paços de Ferreira com carro de som, bem como distribuição de folhetos de campanha na estação CP de Cête;

. Dia 13, 5ª feira - Hospital do Tãmega e Sousa, Pingo Doce e RetailPark, em Penafiel, no período da manhã, com carro de som e distribuição de folhetos; a partir das 17:30h distribução de folhetos na estação da CP de Recarei/Sobreira;

. Dia 14, 6ª feira - Circulação do carro de som pelos concelhos de Paredes, Penafiel, Lousada e Paços de Ferreira; a partir das 17:30h distribuição de folhetos de campanha na estação da CP em Novelas, Penafiel;

. Dia 15, Sábado - Presença no mercado de Amarante com carro de som e distribuição de folhetos de campanha, entre as 10h e as 13h;

. Dia 16, Domingo - Presença na Feira de Campo, em Valongo, com carro de som e distribuição de folhetos de campanha;

. Dia 17, 2ª feira -Distribuição de folhetos de campanha, com carro de som, nas piscinas de Freamunde, Paços de Ferreira, Lordelo e Rebordosa, bem como nos Modelos de Paços de Ferreira e Rebordosa e ainda  no Lidl  e no Centro Comercial Ferrara Plaza de Paços de Ferreira;

. Dia 18, 3ª feira - Acompanhamento da visita ao Distrito do Porto do nosso candidato, nos concelhos de Matosinhos, Maia e Porto, com encerramento da visita na nossa sede distrital, onde haverá jantar;

. Dia 19, 4ª feira - Distribuição de folhetos de campanha, com carro de som, nas superfícies comerciais de Lousada, nas piscinas de Lousada, Paredes e Recarei, bem como no Modelo, Maxmat, Lidl, Intermarché e Minipreço de Paredes e ainda  na Universidade CESPU em Gandra, Paredes;

Dia 20, 5ª feira - Piscina de Marco de Canaveses, Penafiel e Paço de Sousa, mais superfícies comerciais destes concelhos;

. Dia 21, 6ª feira - Presença na Feira do Cô, em Paços de Ferreira, a partir das 10h, com carro de som, dsitribuição de folhetos de campanha e outros tipos de animação; Distribuição de folhetos no exterior da fábrica da IKEA em Paços de Ferreira

Nota: Durante a semana e depois das 21:30h, várias equipas distribuirão folhetos de campanha por prédios, bairros e/ou freguesias.

24h - Fim da Campanha Eleitoral.

Como está a tua consciência?

Esta mensagem não é política, até por que nunca estive envolvido nesse meio (dizem alguns, infelizmente...). É uma mensagem que pretende apelar à consciência e, acima de tudo, aliviar a minha consciência...

Todos falamos do sistema, dos políticos e das suas relações; dos habituais representantes do povo que estão “lá” para se servir, que não cumprem com os seus compromissos, e de como o nosso dinheiro é gasto de modo a manter o nível de vida dos assalariados mais bem pagos do nosso país (obviamente que não se incluem nesta classe os funcionários públicos, pois esses não podem ganhar mais do que o nosso Presidente). Este grupo está refém do Estado pois não encontra no tecido empresarial Português quem lhes dê as mesmas regalias (não é irrelevante se seriam competentes e pretendidos...).

A legislação será sempre moldada na medida das necessidades de quem controla e pretende continuar a controlar. Se para a Presidência for eleito um candidato competente, independente, e que não faça parte do sistema, teremos, pelo menos, 2 grandes vantagens: 1) Um verdadeiro provedor do povo; 2) Daremos um sinal claro aos políticos que quem manda é o povo através do acto eleitoral, e que se não mudam o rumo actual e tomam as decisões correctas poderemos sempre eleger independentes que se organizem num movimento para as legislativas. Homens sem medo e patriotas competentes.
E qual é o risco de eleger para Presidente um candidato com um perfil assim?

Habituado a grandes desafios, a combater a adversidade, a dar esperança a quem desespera por ajuda, um homem sem medo, inteligente, honrado, homem de família, independente e que não é refém de nenhum partido, grupo empresarial, pseudo-fundação ou instituto, o candidato no qual acredito para provocar a mudança, avançou, sem qualquer apoio institucional, para fazer algo pelos seus filhos, e tenho a certeza, para estar bem com a sua consciência. Eu vou ajudá-lo de modo a conseguir ajudar os nossos filhos (ou netos uma vez que a dívida que temos neste momento só será paga nessa geração). O “meu” candidato tem perfil para Presidente da Republica Portuguesa. Tem obra feita, incomensurável, e no entanto, predispõe-se a ajudar-nos, querendo fazer mais.

O que é fantástico é que não preciso de dizer o seu nome para se saber de quem falo. Como está a tua consciência?

Vamos usar o mais importante meio de comunicação que é a Internet para fazer passar a nossa mensagem de esperança, o nosso pensamento, que apela à consciência de cada um.

Não se esqueçam que normalmente nas presidenciais a maioria absoluta é da abstenção! Se quisermos, vamos conseguir eleger o “nosso” candidato.

Um abraço,

Núcleo "Vale do Sousa e Tãmega com Fernando Nobre"

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nobre garante que próximos dias vão ser “surpreendentes”

O candidato independente encerrou o dia de campanha no distrito do Porto na sede da sua candidatura em plena Avenida dos Aliados. Fernando Nobre disse ter “informações muito melhores do que aquelas que sairão nos próximos dias” sobre o resultado das eleiç
“Nós estamos a inquietar, mas eles têm razão de andar inquietos porque dia 23 eles vão ficar mesmo mesmo muito inquietos”, exclamou Nobre perante dezenas de apoiantes que encheram a sua sede distrital de campanha.
Fernando Nobre assumiu aos jornalistas que vai disputar uma segunda volta com Cavaco Silva e vai ser eleito Presidente da República.
O candidato não quis revelar a fonte dos estudos que lhe indicam estes resultados, avançando apenas tratarem-se de “estudos sérios, de universidades sérias”.
Num discurso empolgado, Nobre afirmou-se “ostracizado, silenciado, vilipendiado e ridicularizado” nos últimos meses. Aos jornalistas disse que se quisessem encontrar explicação para estas afirmações que lessem “tudo o que foi publicado ao longo dos últimos meses”.
O fundador da Assistência Médica Internacional vem afirmando durante a campanha que não tem medo e que não pode ser silenciado. Nesta terça-feira evocou a sua experiência de vida para transmitir a mesma ideia.
“Pensaram que um homem que enfrentou bombas, tiros, ‘snipers’, fome, genocídios, inundações e terramotos ia amedrontar-se”, disse em relação a alguns comentários que lhe foram dirigidos por comentadores e politólogos.
Fernando Nobre afirmou ainda que se for eleito fará da liberdade um valor “intocável” e que, apesar de não ter uma “varinha mágica”, vai querer construir “um país digno, que não tenha que ser citado quase sempre pelas piores razões”.
No final do discurso, Nobre cantou o hino nacional em uníssono com os seus apoiantes, o que, aliás, já começa a ser uma marca da sua campanha eleitoral.
O candidato independente teve um dia cheio no distrito do Porto que começou na Póvoa de Varzim com uma visita ao porto de pesca e a uma associação de horticultores. Durante estas duas acções, Nobre aproveitou para apresentar as suas propostas para dinamizar o sector primário em Portugal.
Já durante a tarde esteve em campanha no mercado do Bolhão e na Rua de Santa Catarina, encerrando o dia num jantar comício onde foram servidas tripas à moda do Porto e que contou com uma pequena aparição de duas personalidades da Invicta: Infante Dom Henrique e Almeida Garrett.

Amanhã, Fernando Nobre vai estar em Coimbra, Nazaré e Santarém.
Alice Barcellos com Lusa
19 de Janeiro de 2011, 00:30

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Redução de vencimentos!!!

Fico perfeitamente siderado quando vejo constitucionalistas a dizer que não há qualquer problema constitucional em decretar uma redução de salários na função pública.
Obviamente que o facto de muitos dos visados por essa medida ficarem insolventes e, como se viu na Roménia, até ocorrerem suicídios, é apenas um pormenor sem importância.
De facto, nessa perspectiva a Constituição tudo permite. É perfeitamente constitucional confiscar sem indemnização os rendimentos das pessoas. É igualmente constitucional o Estado decretar unilateralmente a extinção das suas obrigações apenas em relação a alguns dos seus credores, escolhendo naturalmente os mais frágeis. E finalmente é constitucional que as necessidades financeiras do Estado sejam cobertas aumentando os encargos apenas sobre uma categoria de cidadãos.
Tudo isto é de uma constitucionalidade cristalina. Resta acrescentar apenas que provavelmente se estará a falar, não da Constituição Portuguesa, mas da Constituição da Coreia do Norte.
É por isso que neste momento tenho vontade de recordar Marcello Caetano, não apenas o último Presidente do Conselho do Estado Novo, mas também o prestigiado fundador da escola de Direito Público de Lisboa. No seu Manual de Direito Administrativo, II, 1980, p. 759, deixou escrito que uma redução de vencimentos "importaria para o funcionário uma degradação ou baixa de posto que só se concebe como grave sanção penal".
Bem pode assim a Constituição de 1976 proclamar no seu preâmbulo que "o Movimento das Forças Armadas (...) derrubou o regime fascista". Na perspectiva de alguns constitucionalistas, acabou por consagrar um regime constitucional que permite livremente atentar contra os direitos das pessoas de uma forma que repugnaria até ao último Presidente do Estado Novo. Diz o povo que "atrás de mim virá quem de mim bom fará".
Se no sítio onde estiver, Marcello Caetano pudesse olhar para o estado a que deixaram chegar o regime constitucional que o substituiu, não deixaria de rir a bom rir com a situação.

“Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim”.
Mahatma Gandhi

Um texto lúcido do Prof. Luis Menezes Leitão, da Faculdade de Direito de Lisboa, a fazer furor na blogosfera.

Data: 12 Janeiro

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

No jantar de apoiantes em Santarém

No jantar de apoiantes em Santarém, que contou com a presença de Clara Pinto Correia e de Catalina Pestana, Fernando Nobre defendeu uma formação cívica pela cidadania. Para o candidato, o povo português é "esclarecido e dia 23 vai votar na única solução possível".

Nobre apresenta queixa na CNE por "ausência" de notícias em semanário

candidatura de Fernando Nobre vai apresentar uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra o Jornal Expresso. Segundo diz o candidato, a edição deste fim de semana do jornal não traz uma única referência à sua candidatura a Belém. Fernando Nobre que já tinha denunciado uma tentativa de silenciamento à sua candidatura, fala agora de uma vergonha, tal como ouviu o jornalista Frederico Moreno, na Guarda.

2011-01-15 17:40:50



domingo, 16 de janeiro de 2011

Fernando Nobre diz confiar no «povo anónimo»

Em Aveiro, Fernando Nobre afirmou, este domingo, confiar que o «povo anónimo» lhe vai dar um bom resultado nas eleições de dia 23 independentemente das intenções de voto que lhe atribuam as sondagens.

«Não há nada de impossível para o nosso povo», disse Nobre, invocando Gandhi, Luther King, Nelson Mandela e Barack Obama como exemplos do que se pode conseguir.
O candidato afirmou contar com os votos do «Portugal profundo», cujos eleitores vão «decidir com sabedoria».
«O povo anónimo de Portugal vai demonstrar que pensa pela sua cabeça, que decide o seu destino», disse Fernando Nobre.
Nobre reiterou que a sua candidatura tem sido «silenciada ao longo de meses» e comprometeu-se a, se for eleito, lutar para que haja «uma verdadeira democracia plural, em que todas as opiniões têm o direito de se expressar».
A explicação, defendeu, é que a sua candidatura «mexe com o sistema que nos dirigiu a um beco sem saída».
«Eu não quero ver o nosso país continuar num beco, é por isso que incomodo, que eles nos temem e nos tentam silenciar», frisou.

TSF: Hoje às 19:35

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nobre: Se o FMI entrar em Portugal significa que “todos falharam”

Fernando Nobre sugeriu hoje que poderá demitir o Governo, caso o FMI entre em Portugal. “Se entender que o país está num impasse, sem solução para o futuro dos portugueses, eu não hesitarei em actuar, seja com que Governo for”, declarou, durante um almoço com cerca de 150 apoiantes, em Viseu.
Nobre prevê “mais cortes radicais na despesa do Estado, despedimentos na função pública" (Nuno Ferreira Santos)

Fernando Nobre sugeriu hoje que poderá demitir o Governo, caso o FMI entre em Portugal. “Se entender que o país está num impasse, sem solução para o futuro dos portugueses, eu não hesitarei em actuar, seja com que Governo for”, declarou, durante um almoço com cerca de 150 apoiantes, em Viseu.

“Se o FMI entrar em Portugal significa, antes de mais, que todos falhamos. Do Presidente da República à Assembleia da República, passando pelo Governo e por toda uma sociedade civil que não soube reagir nem antecipar um problema como este”, afirmou ainda o fundador da AMI.
De seguida, e sublinhando que a entrada do FMI, a confirmar-se, “não será uma mera visita de cortesia”, alertou para as consequências imediatas dessa ingerência: “Vai implicar mais cortes radicais na despesa do Estado, despedimentos na função pública, tal como aconteceu na Irlanda e na Grécia. Vai ser uma terapia ainda mais brutal do que aquela que já acontece com este Orçamento de Estado que eu recusei”.

De manhã, Fernando Nobre já tinha deixado críticas veladas a Cavaco Silva. “Não falo da pobreza por mero oportunismo eleitoral, é um assunto a que me dedico há 32 anos, sem bem do que falo”, declarou, no decurso de um encontro com o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro.

Recusando concretizar as acusações - porque indisponível para alimentar “quezílias infantis, estéreis e sujas” - Nobre preferiu alertar para o risco de uma explosão social em Portugal capaz de fazer perigar a democracia: “Se for eleito como espero, tentarei não deixar ninguém para trás, antes que cresça este sentimento de revolta e frustração que pode pôr em perigo nossa democracia”.

10.01.2011 - 14:21 Por Natália Faria
Jornal Público

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cavaco recomenda a mulher sem dinheiro que procure instituição "que não seja do Estado"


O candidato presidencial Cavaco Silva foi hoje abordado por uma mulher que se queixou de não ter dinheiro para alimentar o filho, a quem recomendou que procurasse "uma instituição de solidariedade que não seja do Estado".

Durante a conversa com Cavaco Silva, no centro de Almada, esta mulher mostrou-lhe sacos com coisas que disse ter recolhido do lixo e acabou por contar que tem recorrido à Assistência Médica Internacional (AMI) para comer.
"É o que eu estava a dizer. São essas instituições que, perante situações de pobreza e de privação, pessoas sem alimentação, estão neste momento a ajudar o nosso país. Instituições da Igreja, outras que são misericórdias, grupos de voluntariado, são esses que estão ainda a reduzir este nível de pobreza que alguns querem esconder, mas eu nunca esconderei. Erguerei sempre a minha voz", respondeu-lhe Cavaco Silva.

Segundo o actual Presidente da República, "há alguns que não têm a mínima sensibilidade social" que o criticaram por falar da pobreza e "tentar ajudar aqueles que tentam reunir recursos para apoiar os pobres".

"Perante a observação de que a AMI é "uma instituição de um adversário seu" nesta campanha presidencial, o médico Fernando Nobre, Cavaco Silva retorquiu: "Não há adversários no combate à pobreza".

Rodeado pela comunicação social, o candidato presidencial apoiado pelo PSD, CDS-PP e MEP ouviu esta mulher pedir-lhe ajuda, dizendo que perdeu o rendimento mínimo, mas que não podia trabalhar por motivos de saúde.

Cavaco Silva aconselhou-a, primeiro, a cuidar da saúde e considerou que "aquilo que neste momento pode ser feito é recorrendo a instituições de solidariedade social".

"Olhe, vá a uma instituição de solidariedade que não seja do Estado", recomendou.

08 de Janeiro de 2011, 15:25

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

REESTRUTURAÇÃO DO NÚCLEO DO VALE DO SOUSA DE APOIO A FERNANDO NOBRE

Na sequência de uma decisão do Secretariado Distrital do Porto da Candidatura de FERNANDO NOBRE, o nosso Núcleo passou a designar-se "Vale do Sousa e Tãmega", uma vez que aos Concelhos de Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel, foram anexados os Concelhos de Amarante, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Baião e as Freguesias de Campo e Sobrado do Concelho de Valongo.

Actividades de rua já levadas a cabo e actividades previstas, sempre acompanhos do carro de som:

- Distribuição de folhetos nas estações da CP de Paredes (na 4ª feira) e de Cête (na 5ª feira);
- Hoje, 6ª feira, far-se-á actividade análoga na estação de Recarei/Sobreira;
- Domingo, dia 9, estaremos na Feira de Campo, Concelho de Valongo;
- Dia 14, Sàbado, estaremos no mercado de Amarante;
- Dia 21, 6ª feira, estaremos na Feira do Cô, em Paços de Ferreira;

Entretanto efectuamos a distribuição de folhetos promocionais do inicio oficial da campanha eleitoral, por lojas, prédios, cafés, tendo em vista, para já o comicio/festa do próximo Domingo,no Cinema Batalha, no Porto.

José Henriques Soares
O Vale do Sousa e Tãmega com Fernando Nobre

Fernando Nobre apresenta o seu manifesto eleitoral.

Fernando Nobre apresenta o seu manifesto eleitoral no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, garantindo que não presidirá "indiferente, perante o eventual desgoverno do País e a degradação das condições de vida dos portugueses".

Hino Oficial da Candidatura da Esperança! "Legendado" Com Rui Veloso Luís Represas e os Toca a Rufar

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Sr. Hyde de Cavaco

A política é um jogo de encenação. Foi por isso que Cavaco Silva teve de criar o seu maior opositor eleitoral: Aníbal Cavaco Silva.
Criou-o através de uma maçã do pecado, o BPN. O banco que enlouqueceu todos os que provaram o seu sabor e que levou à amnésia de parte da elite nacional. O banco que era um espantalho e que regressa como um fantasma capaz de assombrar a única eleição que se julgava decidida à partida. O curioso é que foi o vencedor antecipado que tirou o génio do mal da lâmpada onde tinha sido colocado à força pelo sistema político. O BPN era o banco do regime, o laboratório de todas as tentações da moderna sociedade portuguesa. Sabendo que esse era o seu calcanhar de Aquiles, Cavaco Silva trocou as voltas a Sun Tzu e criou uma quinta coluna no seu castelo. Ao soprar a fogueira do BPN espalhou o fogo pela planície. E começa a queimar-se. O candidato Aníbal Cavaco Silva tornou-se o senhor Hyde do presidente Cavaco Silva. É uma atitude cordial, de gentleman, de quem não tinha opositor à altura. Mas, ao incitar o diálogo sobre o BPN, disparando em todas as direcções, o candidato Aníbal Cavaco Silva parece disposto a testar-se a si próprio. Para ver se é imune à dor. Errou: deveria ter colocado um ponto final no tema, clarificando-o. O problema não é o BPN tornar-se no único tema de debate das presidenciais. O drama é que ele simboliza o regime e a sua falta de ideias e princípios morais. A nossa democracia tornou-se um produto de consumo aliado do mundo dos negócios. Sem aquilo que Adam Smith lembrava: os negócios têm de ter princípios morais. Tal como a democracia.

Fonte: Jornal de Negócios
Fernando Sobral
fsobral@negocios.pt

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Fernando Nobre assume-se como o candidato que marca a diferença - TSF

Fernando Nobre assume-se como o candidato que marca a diferença - TSF

CANDIDATURA de FERNANDO NOBRE-CAMPANHA ELEITORAL-PORTO-COMÍCIO ABERTURA CAMPANHA

Abertura Oficial da Campanha Eleitoral, dia 09 de Janeiro 2011 Porto CineBatalha, a partir das 18,30 horas(Rui Veloso Nilton Tocá Rufar) com a presença de Fernando Nobre às 20 horas.

FERNANDO NOBRE - COMO ENFRENTAR A CAMPANHA ELEITORAL?

Como é que a candidatura de FERNANDO NOBRE deverá olhar e enfrentar o período de campanha eleitoral que se inicia no próximo Domingo?

Esta nossa candidatura não tem as mesmas "armas" dos adversários diretos e refiro-me concretamente a Cavaco Silva e Manuel Alegre. Se de uma "guerra" se tratasse e não é o caso, a nossa candidatura teria obrigatóriamente de utilizar e encontrar outras táticas politicas, para "combater os inimigos".

A minha perspectiva é de que, enquanto o "exército" de Cavaco (PSD e CDS) e de Alegre (PS e BE) atacam em massa, com homens no terreno, aviões no ar e navios de guerra no mar, o "exército de FERNANDO NOBRE é composto de voluntários que batalham gratuitamente, deverá travar uma "guerra de guerrilha", atuando no terreno individualmente ou em pequenos grupos, com objetivos concretos, tipo atuar no nosso emprego, no nosso bairro, na nossa rua ou no café que frequentamos.

É da história, que a tática de guerrilha, por norma, vence as guerras, muitas vezes contra exércitos avassaladores e bem pagos. Vence porque são táticamente mais precisos, objectivos, conhecem melhor o terreno e porque são voluntários.

De facto não se trata de uma "guerra" e ainda bem, mas a nossa candidatura terá de ter esta lucidez. Atuar individualmente ou em pequenos grupos, com objectivos muito precisos como o nosso prédio, bairro, escola ou emprego, ou ainda a estação de comboios da nossa freguesia, etc. Nós vamos vencer porque estamos aqui em consciência e não a vendemos a ninguém, não somos caciques de nenhuma estrutura. A nossa estrutura, somos nós mesmos. Coragem voluntários de FERNANDO NOBRE.

José Henriques Soares
O Vale do Sousa com Fernando nobre

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Decreto-Lei 319-A/76 de 3 de Maio: O Processo Eleitoral - indicação de membros das mesas de voto e delegados da candidatura

Como é do conhecimemto geral e nos termos da lei eleitoral que regula a eleição do Presidente da República, a candidatura Presidencial de FERNANDO NOBRE, tal como todos os outros candidatos, deverá indicar nomes para membros das mesas de voto e delegados da candidatura, tendo em vista a eleição do próximo dia 23 de Janeiro - eleição do Presidente da República.

Assim e enquanto responsável por esta candidatura nos concelhos de Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel, solicito a todos aqueles que tenham vontade e queiram participar neste processo eleitoral, em nome da candidatura de FERNANDO NOBRE, façam o favor de manifestar essa vontade através dos mail`s jhenriques1964@gmail.com ou fernandonobreparedes@gmail.com, ou ainda pelo telm. 919 740 662.

Desejos de  Próspero Ano de 2011.


O reponsável concelhio da Candidatura de FERNANDO NOBRE

José Henriques Soares