Fernando Nobre preconiza "atenção muito especial" às pescas e plataforma marítima
O candidato à Presidência da República Fernando Nobre defendeu hoje "uma atenção muito especial" para as pescas e o subsolo da plataforma marítima exclusiva de Portugal.
"Acredito que na nossa plataforma marítima exclusiva possa encontrar-se um dos grandes desígnios para a sustentabilidade do futuro do país, não só nas águas mas também no subsolo", declarou Fernando Nobre à agência Lusa.
Na sua opinião, "o mar e o subsolo devem merecer muito mais atenção, muito mais determinação e muito mais vigor na defesa dos nossos interesses estratégicos".
"Portugal não pode ceder um milímetro da sua soberania" nesta área, preconizou o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) e candidato às eleições presidenciais de 2011.
Apostar num melhor aproveitamento dos recursos marinhos e "reforçar a agricultura" são dois "desígnios nacionais", disse, advertindo que "em termos futuros a questão alimentar vai ser crucial".
Neste contexto, Fernando Nobre defendeu "uma redinamização da economia portuguesa com projetos de médio e longo prazo".
Fernando Nobre almoçou hoje com pescadores e outros apoiantes da Praia de Mira, concelho de Mira, com quem partilhou uma refeição à base de sardinha assada, após ter visitado a delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Pereira e sede da Confraria de Doçaria Conventual de Tentúgal, no concelho de Montemor-o-Velho.
O programa da tarde inclui visitas ao Museu Etnográfico de Praia de Mira, Festas de S. Tomé (Mira) e EXPOFACIC-Exposição e Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede, a convite do presidente da Câmara Municipal, o social democrata João Moura.
Questionado pelos jornalistas sobre a proposta do PSD de revisão da Constituição da República, o candidato presidencial disse que esta matéria "é uma prerrogativa exclusiva da Assembleia da República".
"Acho sinceramente prematuro, até descabido, estar a pronunciar-me sobre hipóteses de revisão constitucional cujo futuro é mais do que incerto", acrescentou.
"Na devida altura, se eu for Presidente da República, comentarei sobre os meus poderes exclusivos", referiu.
Sobre o pagamento de portagem nas autoestradas SCUT, Fernando Nobre defendeu que "deve haver uma norma válida para todo o território nacional".
"Devem ser todos avaliados e julgados pela mesma bitola nacional, não pode haver portugueses de primeira e de segunda", concluiu.
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