quarta-feira, 9 de junho de 2010

NA ROTA... DE BELÉM!

NA ROTA... DE BELÉM!

Vale a pena dar a mão à palmatória. Há muito tempo que não ouvia ou lia nada de Joaquim Letria. Mas recentemente surgiu em boa forma e com bastante acutilância. Num artigo de opinião que intitulou por “FUGIR? PARA ONDE?” este foi bastante objectivo no que procurou transmitir. Entre outras coisas dizia que... “Sócrates parece aqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário…” e ainda que “…com Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação FIGO, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde?” e agora pergunto eu, para África? Para o Iraque? Para a Faixa de Gaza?

De facto chegamos ao ponto em que não há escolha possível para a fuga. Resta ficar e resistir às adversidades e a esta “maralha política” que nos suga até ao tutano, mas não resolve nada.

Mas ainda há uma janela, discreta, é certo, mas há. Há uma oportunidade de escolha e que pode ser um princípio cívico e de cidadania. É a escolha que todos vamos ter de fazer para a Presidência da República.

As alternativas começam a estar definidas. À esquerda, a CDU quer ter o seu candidato próprio, o que é legítimo. Quanto ao BE e ao PS (este muito recentemente e decisão tirada sob fogo cruzado) vão apoiar a candidatura de Manuel Alegre que, supostamente, seria a candidatura dos cidadãos, mas é hoje claramente uma candidatura do “poder” e “imposta” pelo Bloco de Esquerda a correr claramente em fora de jogo. O PS e Sócrates afundaram-se no seu próprio lamaçal e ficaram reféns desta decisão e, como disse o eterno socialista Mário Soares, foi um erro histórico, mas que para mim não tinha outra alternativa no contexto político actual.

Quanto à direita, PSD e CDS/PP, estão ambos também amarrados a um apoio a Cavaco Silva e resta-lhes aguardar que este decida avançar com a recandidatura. Estão também reféns de uma decisão anunciada. Segundo se ouviu falar por aí, ainda houve alguns sectores que procuram uma alternativa ao actual Presidente da República, mas a estes eu digo, não vale a pena procurarem essa alternativa, simplesmente porque não a têm. Aguardem e apoiem Cavaco Silva, quando e se este entender ser essa a sua vontade.

Não é tão engraçado ver a esquerda e a direita obrigados a assumir decisões anunciadas e que, eventualmente, não quereriam tomar?

E quem é que obrigou a este cenário? Pois é, chama-se FERNANDO NOBRE. Médico de formaçao, fundador e Presidente da AMI - Assistência Médica Internacional e é candidato à Presidência da República. Terá certamente milhares de cidadãos que o admiram pela sua consciência humanitária e social, tendo dedicado toda a sua vida no apoio a quem mais precisa, estejam eles onde estiverem, e é por isto isto que todos nos devemos rever na sua candidatura. Eu particularmente estou cansado de gente que exerce o poder em seu favor e em desfavor da comunidade e que se marimbam para todos nós. É este modo de pensar e de estar da classe política actual, que revolta as pessoas.

A candidatura de FERNANDO NOBRE é e tem tudo para ser diferente. Esta sim, é uma candidatura que emana da sociedade civil. Uma candidatura que terá que ser trabalhada com afinco, com dedicaçao e amor a uma causa. Uma causa de valores. Uma causa de mudança. A causa do grosso dos Portugueses que deixaram de ser classe média e passaram a ser pobres.

Como disse noutro âmbito, esta pode ser a oportunidade da sociedade perceber que pode decidir muitas coisas em seu favor e transmitir aos partidos políticos que eles e os seus líderes nao sao omnipresentes e únicos. E se a eleiçao de FERNANDO NOBRE se concretizar, sendo certo que é muito dificil de acontecer, o sinal está dado e, daí em diante, tudo é possivel.


José Henriques Soares

(jhenriques1964@gmail.com)

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